Atualidade

«O luto de uma vida não cabe em 5 dias»

«Em Portugal, há cerca de 400 diagnósticos de cancro pediátrico por ano, e muitos podem contar a história da sua doença – 80% de sobreviventes.

Mas quem vive a perda de um filho vive o luto de uma vida – a vida que partilharam e a vida que se ficou pelos sonhos e planos.»

É desta forma que se inicia a petição lançada pela Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, que pretende alargar o período de luto dos pais dos actuais 5 dias para 20 dias.

«Para estes pais, a legislação contempla 5 dias de luto. Considerado como uma das experiências mais traumáticas para o ser humano, o luto parental é um processo intenso, complexo e que pode durar uma vida. 5 dias é um tempo manifestamente insuficiente.

A petição que lançamos visa alargar o período de luto pela morte de um filho para 20 dias.»

João de Bragança, pai da Madalena, presidente da Acreditar, deixa na petição o seu depoimento: «nenhum luto é igual a outro luto, porque cada um de nós é diferente do outro: há a fé, o sentido que damos às coisas, a rede social ou familiar, as circunstâncias do drama. Mas do que estou certo é que cinco dias – o tempo que o Estado nos dá para regressarmos ao trabalho após a morte de um filho – será manifestamente pouco. Em cinco dias faz-se o imediato, o urgente, tantas vezes o burocraticamente inadiável.

Damos uma camada de tinta à alma e ao corpo, não lhe damos novas fundações. Não nos preparamos para o futuro, por absoluta falta de tempo.»


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