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Novos helis da Força Aérea não integram este ano dispositivo de combate a incêndios

Os dois novos helicópteros da Força Aérea Portuguesa (FAP), que substituem aparelhos antigos com mais de 50 anos de serviço, estão preparados para combater incêndios, mas não integram o dispositivo deste ano, disse hoje o ministro da Defesa.

Estas aeronaves “não fazem parte” do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), apesar de poderem atuar “numa situação de emergência”, dado que a sua “função primordial é servir nas múltiplas missões que a FAP tem”, afirmou João Gomes Cravinho.

O governante falava aos jornalistas na Base Aérea N.º 11, em Beja, depois de assistir à cerimónia de receção de dois dos cinco novos helicópteros AW119MK II – “Koala” comprados pelo Estado português e de homenagear o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo.



Segundo o ministro, os novos “Koala” vão substituir os Alouette III, que estiveram ao serviço da FAP durante 56 anos e que chegaram a participar na guerra colonial, tendo como principais funções “busca e salvamento, formação e instrução e proteção civil”.

“Estes helicópteros não fazem parte do DECIR, mas podem, em situações de emergência, também acorrer a essa necessidade”, sublinhou, referindo que o combate a incêndios “não é uma função primária”, mas sim “uma função possível em caso de emergência”.

João Gomes Cravinho notou que o DECIR para este ano foi definido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e terá “61 meios aéreos”, sendo “22 meios próprios do Estado” e “39 que serão alugados”.

Os novos helicópteros “têm capacidade” para combater incêndios, mas “estamos confiantes que o DECIR, com os seus 61 meios aéreos, poderá corresponder a todas as necessidades e é para isso que é pensado”, insistiu.

Questionado pelos jornalistas, o ministro indicou que os helicópteros Kamov “não estão equacionados para 2019”, precisando que “um deles está acidentado” e os outros cinco “precisam de reparações de fundo”, o que “demora muitos meses”.

O titular da pasta da Defesa Nacional adiantou que estão dois concursos abertos para o aluguer de “um conjunto muito alargado” de meios aéreos de combate a incêndios rurais, esperando que, “a partir do final deste mês”, possa “começar o processo de seleção”.

Os meios aéreos para o DECIR vão custar “80 milhões de euros”, acrescentou.

Quanto aos helicópteros AW119MK II – “Koala”, João Gomes Cravinho considerou que são aparelhos “muito modernos” e “de última geração” e que os cinco que foram adquiridos pelo Estado português custaram no total 20 milhões de euros.

O ministro revelou que o Estado pode vir a comprar mais dois helicópteros deste modelo, observando que a decisão, que “vai depender de um conjunto de fatores”, sem precisar quais, será tomada “no final deste ano ou durante o ano de 2020”.

“Existe também a possibilidade de, no futuro, termos helicópteros de proteção para as nossas Forças Armadas, como as que estão atualmente destacadas na República Centro Africana”, revelou, sublinhando que está a ser equacionada a compra de um “igual a este, mas blindado”.

Estes dois novos aparelhos vão ficar localizados na Base Aérea N.º 1, em Sintra, no distrito de Lisboa, tal como os Alouette, enquanto os aviões de instrução e formação Epsilon e os C295 passam para a base de Beja, no “pressuposto” de avançar o Aeroporto Complementar de Lisboa, no Montijo, disse.

O helicóptero AW119MK II – “Koala”, monomotor, tem capacidade para transportar até sete pessoas, para além do piloto, ou ainda 1.400 quilos em carga suspensa, onde se inclui um balde para o combate a incêndios rurais.


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