Eu, Mulher
Escrevo esta crónica no Dia Internacional da Mulher! Dia em que celebro todas as mulheres que há em mim!
Celebro todas as mulheres que lutaram e lutam para que eu possa ser livre e escrever esta crónica!
Celebro as infinitas possibilidades de ser feliz e de apoiar o empoderamento de outras mulheres!
Escrevo esta crónica ciente do meu privilégio de mulher branca e europeia. Ciente do privilégio de ter nascido e crescido em uma família que se apaixonou por mim e me permitiu voar, sonhar e realizar! Ter tido uns pais que me permitiram acreditar em mim e que reconheciam a educação como uma ferramenta fundamental para o meu crescimento e afirmação!
Escrevo esta crónica ciente de que as minhas duas filhas, negras, terão um caminho, tendencialmente, mais difícil do que o meu, fruto da enorme discriminação relativamente às meninas e mulheres da sua etnia.
Escrevo por todas as meninas e mulheres que nunca desistem! Que tropeçam e choram e voltam a tentar!
Escrevo com o pensamento em todas as meninas e mulheres que não são, ainda, livres na expressão da sua identidade, pensamento, aparência física, amores e sexualidade!
Escrevo com a revolta das desigualdades salariais e no acesso ao trabalho!
Mas, sobretudo, escrevo embalada pela certeza de que nunca desistiremos! Que lutaremos sempre! Que enquanto uma de nós sofrer e não for livre, todas ergueremos a voz!!
A luta pela igualdade de direitos continua!
Mulheres e Homens, ergam o vosso punho comigo!
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