País

‘Museu Salazar’, sim ou não? Petições apelam a ambas as respostas

O projecto de criar um Centro Interpretativo do Estado Novo, promovido pela Câmara Municipal de Santa Comba Dão, terra natal de António Oliveira de Salazar, está a causar polémica a nível nacional.

A ideia é criar “um local para o estudo da história do Estado Novo e não um santuário destinado a nacionalistas nem um museu onde se vai diabolizar o estadista de Santa Comba Dão”, explicou em Julho o presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, Leonel Gouveia (PS), ao Expresso.

No entanto, este projecto tem vindo a causar polémica e já foram criadas duas petições online contra e a favor da criação do Museu Salazar.

«Os abaixo-assinados, conhecedores do que foi a ditadura do Estado Novo, manifestam, em nome próprio e no da memória de milhares de vítimas do regime – de que Salazar foi principal mentor e responsável – , o mais veemente repúdio pela criação do Museu Salazar, recentemente anunciado pelo Presidente da Câmara de Santa Comba Dão» refere a petição dirigida ao Primeiro-Ministro e intitulada «MUSEU DE SALAZAR, NÃO!».

Esta petição conta já com 8800 assinaturas e tem como subscritores figuras como o antigo líder sindical Carvalho da Silva, o analista político Pedro Adão e Silva, a escritora Maria Teresa Horta, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura ou o cantor de intervenção Francisco Fanhais, entre outros.

A 12 de Agosto um grupo de 204 ex-presos políticos dirigiram ao Primeiro Ministro António Costa uma carta aberta na qual exigiam ação ao executivo do PS, além de expressar «o mais veemente repúdio» pela iniciativa anunciada pelo autarca local.

Do outro lado ‘da barricada’, uma petição foi lançada posteriormente, intitulada «Museu Salazar, sim», e conta ao momento com 3.028 assinaturas e vários comentários sobre o tema. No documento pode ler-se que «a memória histórica de um povo não pode ser apagada porque uma minoria ruidosa assim o exige. Apoiando ou não apoiando a obra de Salazar e o que se passou durante o Estado Novo, todos temos o direito de conhecer os factos de forma isenta.»

Entretanto, e para quem quiser conhecer alguma parte da vida do homem que durante quarenta anos governou os destinos de Portugal, tem disponível online o Museu Oliveira Salazar, com vários documentos relativos à sua vida e percurso.


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