Atualidade

Munícipes de Viana do Castelo contra abate de árvores para construção de rotunda

Protesto contra abate de árvores para construção de rotunda em Viana do Castelo

Um grupo de munícipes de Viana do Castelo estão contra o abate de vários plátanos na Avenida do Cabedelo para construção de uma rotunda que visa garantir os novos acessos ao porto de mar de Viana do Castelo, cujos trabalhos de construção começam esta segunda-feira, dia 14 de setembro, conforme indicação da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

O protesto dos moradores está marcado para as 08h00 no local onde irão ser abatidas as árvores, e circula também uma petição dirigida ao presidente da Câmara Municipal, para impedir o abate das árvores, lançada este domingo e que já conta com 260 assinaturas.

Ao Diário do Distrito uma das organizadoras do protesto, Ana Macedo, lamenta que “tudo foi feito mais ou menos pela calada… Nenhum partido ou entidade deu o alerta, e o dia parece que foi escolhido a dedo, porque começam as aulas e as pessoas estão com menos disponibilidade para protestos.

Da nossa parte pretendemos apenas demonstrar o nosso desagrado porque não há tempo para mais nada.”

Para estes munícipes «Viana do Castelo caracteriza-se pela sua beleza, por ser diferente, por ter conseguido manter a sua traça de cidade mas envolvida pela natureza de forma harmoniosa.

Uma das mais bonitas avenidas é a avenida do Cabedelo. Não há quem não sorria ao passar por ali. As árvores que a ladeiam dão-lhe uma graça e beleza únicas. São árvores centenárias e nunca poderemos usar a palavra “evolução” para justificar o abate de 20 (será?) destas árvores grandiosas para a construção de uma rotunda!

Ninguém quer parar o progresso! Mas que não seja a “qualquer preço”. E que não aconteça por meios estranhos e secretos.  Só no dia 11 isto veio claramente a público! E para proceder ao início das obras no dia 14… dia em que, convenientemente, toda a gente está ocupada devido ao começo das aulas.

Juntemo-nos para solicitar novo estudo que afaste a rotunda daquela avenida. Deixem as árvores em paz.»

No site da autarquia, numa nota colocada a 11 de Setembro, são explicados os condicionamentos de trânsito e «para abate de cerca de duas dezenas das 170 árvores (plátanos) existentes na Avenida.

A intervenção técnica que irá ser realizada irá preservar uma fatia do tronco de cada um dos exemplares abatidos, elementos com relevante valor científico e educativo, tendo em conta que podem ser estudados com detalhe as variações anuais do clima, existência de pragas e doenças, regime dos ventos, configuração do crescimento e incidentes como a ocorrência de fogos.»

Para minimizar o impacto do derrube destas árvores, a autarquia prevê a plantação de 200 árvores resinosas e folhosas autóctones com grande capacidade de reserva de carbono, como é o caso do Pinheiro-bravo e do Sobreiro nos próximos dois anos em várias áreas do Cabedelo.

«O objetivo desta ação, que orçará cerca de 30 mil euros, é repor, mas também reforçar, a capacidade de sequestro de CO2 naquele território e contribuir também para a melhoria do aspeto cénico, conforto climático e dos locais que podem ser usufruídos.»


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