Continua o problema com a recolha do lixo no concelho de Sesimbra. Todos os sesimbrenses que olhem para a fatura da água detalhada compreendem que lá também estão descritos os gastos com os esgotos e com a recolha dos resíduos urbanos. Em alguns dos casos, paga-se mais da recolha do que da água. Só que o valor pago não acompanha o serviço de recolha que todos podemos reportar apenas olhando para um caixote.
O lixo não infesta só as ruas como os caixotes. Este problema tem vindo a ser reportado desde o Verão e mesmo com algumas melhorias, quem andar pelas ruas pode ver caixotes cheios e lixo pelas ruas. Na Quinta do Conde, os moradores queixam-se do lixo que existe no meio da rua e que ninguém apanha. Este problema, que também acontece no Altinho da Cotovia ou na Quintinha, pode fazer com que ratos vão até ao local. Este é um perigo para a saúde pública.
No verão, o mau cheiro e o excesso de insetos são marcas distintivas destes locais de acumulamento de resíduos. Na freguesia do Castelo, para tentar colmatar esta situação, foram espalhadas floreiras e sinais com dizeres que aconselham as pessoas a proteger a natureza. O lixo é para estar no interior dos caixotes. Não é só o lixo tradicional, como é o caso de cadeiras de escritório ou caixas de ecrãs de plasma, que vemos jogado no meio da rua.
Monos na rua, ao lado de caixotes cheios
Numa das situações reportadas nas redes sociais, a deposição de Monos em via pública ocupa quase a totalidade de um espaço para estacionar. Numa reunião da autarquia, o presidente Francisco Jesus disse que ele próprio já tinha presenciado pessoas que faziam obras em casa e levavam sanitas ou lava-loiças para caixotes fora das suas áreas de residência. Para recolher os Monos, a autarquia oferece um serviço que vai buscar o seu eletrodoméstico a porta.
Algumas pessoas receiam usar este serviço pois temem que o mesmo seja cobrado e como tal optam por se ver livre das coisas usando a proteção da noite. Nas vivendas, a mesmíssima autarquia está a deixar caixotes para ajudar a colmatar um problema reportado por todos. O lixo provocado pelas obras ou dos jardins é, segundo o vereador Márcio Souza, cada vez mais um problema.
Estas pessoas, muitas delas biscateiras, despejam estes resíduos no meio da serra da Arrábida já que o aterro do Zambujal fechou. Os trabalhadores da autarquia chegaram a acompanhar uma carrinha que tinha vindo de propósito de Lisboa para deixar aqui estes resíduos. Esta e outro tipo de atitudes está a indignar os moradores. Estes falam em falta de civismo e avançam que é desta forma que se melhora o problema com o lixo. Já que não é possível colocar um fiscal da autarquia em todos os pontos de recolha ou multar todos que acabam por prevaricar.
A câmara passa para limpar, mas no dia seguinte existe ainda mais lixo do que antes de ter sido limpo.
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