O Ministério Público deduziu acusação contra nove arguidos pela prática de crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensa à integridade física, dano e detenção de arma proibida.
Oito dos arguidos encontram-se em prisão preventiva, onde vão continuar durante o decorrer o julgamento, e o nono arguido encontra-se sujeito a termo de identidade e residência.
Os arguidos são suspeitos de, na noite de 23 de agosto de 2019, no interior de um estabelecimento comercial de restauração de Paio Pires, terem agredido os funcionários que ali se encontravam, bem como terem arremessado garrafas, cadeiras e mesas, danificando-as e partindo o vidro do estabelecimento e causando vários outros prejuízos.
Ainda antes de abandonarem o referido estabelecimento, um dos arguidos efetuou disparos para o ar com uma arma de fogo.
No seguimento destes acontecimentos, e como forma de retaliação, os arguidos, munidos de armas de fogo, ter-se-ão deslocado, na tarde de 27 de agosto de 2019, a um prédio localizado em Paio Pires, com o intuito de matar o proprietário do restaurante onde tinham ocorrido os desacatos.
Ali chegados, todos os arguidos terão efetuado vários disparos na direção do prédio, tendo atingido as janelas de vários apartamentos. Os moradores que se encontravam no interior, só não foram atingidos por motivos alheios à vontade dos arguidos.
Os disparos provocaram vários danos nas habitações, bem como numa viatura automóvel que se encontrava estacionada no local.
A investigação foi dirigida pelo Ministério Público do Seixal do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária de Setúbal.
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