Movimento Zero critica ausências no funeral de António Doce
O Movimento Zero criticou a ausência de Marcelo Rebelo de Sousa e de Eduardo Cabrita no funeral de António Doce, o agente principal da PSP, assassinado quando intervinha numa situação de violência doméstica em Évora.
«Infelizmente hoje foi a sepultar mais um polícia» refere o comunicado do Movimento.
«Verificamos que a mais alta figura do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, não teve tempo para se encontrar presente na cerimónia fúnebre que decorreu em Évora, nem dispôs da mínima vontade em honrar este Herói, que atuou fora do seu horário de serviço, mas cumpriu escrupulosamente com a missão que lhe foi confiada pelo próprio Estado: Proteger o próximo, mesmo que para isso fosse necessário sacrificar da sua própria VIDA!.»
E deixam «uma breve nota» ao Presidente da República: «todos sabemos que o António Doce não era um actor. Mas “representou” e desempenhou de uma forma excecional “o seu papel” de POLÍCIA!».
O Movimento Zero lança também críticas ao «ministro que nos tutela – ou devia tutelar – que também não conseguiu dispor do seu tempo para se fazer presente.
Bem sabemos que neste dia tão doloroso, estará eventualmente a engendrar mais alguns argumentos para se justificar a toda uma Nação, e muito certamente, a ditar as condições totalitárias que tão bem o definem, como por exemplo, a enorme oposição que teima em executar para que não nos seja atribuído o risco que é evidente na nossa nobre profissão.
Já no dia de ontem não esteve igualmente disponível para se deslocar a Évora e prestar presencialmente, as devidas condolências à família enlutada.
É este senhor, o Ministro da Administração Interna de Portugal!».
As críticas continuam para «as desastrosas políticas governamentais em matéria de Segurança Interna, bem como, em alturas em que nos deveria olhar, olhos nos olhos, o mesmo cobardemente esconde-se».
O MOVIMENTO ZERO marcou hoje presença em Évora e junto do MAI para prestar uma merecida homenagem e realizar a última despedida «ao nosso querido e eterno camarada» e deixam ainda a garantia de que «vamos estar 24h/365 dias por ano junto do Povo Português. Juntos com quem diariamente nos considera. Já com políticos deste repugnante calibre, JAMAIS!».
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