Seixal

Moradores de Fernão Ferro preocupados com empresa de decapagem

Alguns moradores da Quinta das Laranjeiras, freguesia de Fernão Ferro, Seixal, estiveram na Assembleia Municipal do Seixal que decorreu na noite de quarta-feira, demonstrando o seu desagrado e preocupação com problemas ambientais causados por uma empresa de decapagem que iniciou recentemente ali a sua laboração.

No período aberto à população António Ventura lamentou a situação que vive na sua casa “porque sentimos os cheiros ácidos da indústria de decapagem, além de me parecer que as águas resultantes da laboração são enviadas para os esgotos e sargeta sem tratamento. Há dias em que nem podemos abrir as janelas por causa dos cheiros e do barulho, e tenho a relva do quintal queimada por causa dos ácidos.”

Por sua vez Bruno Moreira explicou que “deixamos aqui um alerta para esta empresa, que veio da Aldeia de Paio Pires para a Quinta das Laranjeiras, em Fernão Ferro. Trata-se de uma empresa poluente, de decapagem e porque tenho o meu quintal cheio de pó e o cheiro torna-se insuportável, peço que a Câmara Municipal investigue o que se passa. Além disso, estão a fazer obras num edifício que já ali existia, e não sei até que ponto estão legalizadas.

Sei que a Associação de Moradores informou a Câmara Municipal em Maio.”

Sobre o mesmo assunto interveio Luís Fonseca, que alertou “que esta é uma questão de saúde pública. Não podemos abrir as janelas com o calor porque o cheiro entra pelas casas, e é o barulho durante todo o dia.”

O presidente Joaquim Santos referiu que “trata-se de uma situação da qual já temos conhecimento, estamos a acompanhar e no local já esteve uma equipa da Fiscalização. Qualquer entidade de indústria é licenciada pelo Ministério da Economia ou pela Câmara Municipal, e se este caso for da nossa responsabilidade, iremos agir em conformidade ou solicitar que o Ministério o faça.”

Sobre as questões ambientais, o presidente frisou que “as industrias têm de ter uma licença ambiental, que também exige uma análise à utilização dos químicos, e relativamente ao ruido, há uma legislação nacional, mas também poderemos por parte da autarquia, mandar fazer uma avaliação do ruído, como já o fizemos noutros casos em que a população se queixou, como por exemplo, à Siderurgia Nacional.”

Aos moradores deixou a garantia de que “podem contar com a Câmara Municipal para vos acompanhar neste processo, porque a vida das populações é mais importante que as questões económicas, e se esta empresa não puder ficar ali, terá de procurar novo espaço. O que não falta em território nacional são locais para este tipo de laboração e até para criarem emprego em zonas onde este é necessário.”


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