Opinião

Montijo rodoviário… os grandes desafios!

Uma opinião da inteira responsabilidade de Virgilio Oliveira

Afinal… qual é a posição actual da rede viária da cidade de Montijo quanto à integração da mesma, face ao futuro?

Afinal… quais são as condições indispensáveis para que o Montijo esteja em situação de desempenhar cabalmente, no futuro, o seu papel no que concerne a uma maior velocidade, comercial, segurança e fluidez, no tráfego rodoviário?

Retenha-se que no Montijo, a utilização dos eixos rodoviários principais comuns, atingem já cerca de 82% (média diária) o que é manifestamente significativo e até preocupante. Deparara-se-nos, aqui, um primeiro e fundamental ponto a assinalar.

Em segundo lugar e, com o crescente gradual, e previsto, índice demográfico do Concelho, o trânsito automóvel irá aumentar seguramente na ordem dos cerca de 6 a 8% anualmente, tornando-se assim urgente a racionalização (expansão e reestruturação) não só da rede de acessibilidades já existente, mas e também à criação de novas redes.

Atualmente, as acessibilidades complementares existentes, aquelas que deviam “desviar” o trânsito da cidade, como a VCE, amputada e, a suposta CE descontinuada, representam apenas cerca de 12% em relação às acessibilidades decorrentes das vias urbanas, proporção esta anormalmente desnivelada, o que traduz a fraca amplitude da rede de acessibilidades complementares.

Temos assim e de modo simplificado a necessidade da conclusão das acessibilidades da Rotunda contígua à Rotunda da Praça D.Sebastião, para o trânsito periférico, complementando a Via da Circular Externa, com um anel externo e ainda há a necessidade da continuidade da CE que tem uma interrupção abrupta, reclamando esta a ligação à Estrada do Seixalinho, que poderá ser simplificada e com menos gastos com duas Rotundas, uma final e outra intermédia.

Com o aumento dos fluxos de trânsito, que se irão seguramente registar, num futuro muito próximo, embora atualmente hajam já alguns constrangimentos, a implantação de um simples desvio (NOVA VIA), com cerca de 500 metros, já depois da actual saída da Ponte Vasco da Gama (A12/IP1) e ainda antes de se entrar na A33, iria permitir que os veículos que saíssem da Ponte Vasco da Gama entrassem diretamente na Via da Circular Externa (acessada por rotunda), com ligação intermédia pela Rua Antero de Quental, via esta sujeita a reestruturação, com acessos privilegiados permitindo várias acessibilidades.

O eixo da“ Marginal Sul” que contempla a Rua José Mundet com uma rotunda de Trânsito de Sentido Único, precisa de ser ajustado a rigor para desfazer muito do trânsito que obrigatoriamente escoa na Rua José Joaquim Marques, quando esta e a Rua Vasco da Gama, com acessibilidade em rotunda, está subaproveitada.Já o cruzamento de maior intensidade de trânsito, no miolo, da cidade, precisa urgentemente de ser semaforizado, entre outros ajustes nas infraestruturas rodoviárias, em diversos pontos… !

Também e de vital importância, por ser uma das vias rodoviárias mais estruturantes para a cidade de Montijo,será a urgente necessidade daconclusão da inacabada Variante da Atalaia, entre o entroncamento/nó do Passil (EN118) e o nó do Montijo no acesso à A33/IC32, pela vital importância desta acessibilidade, para a cidade de Montijo, cuja falta vem continuamente a agravar-se ao asfixiar os acesos à cidade, mas não só, na EN4/BP rotunda. São cerca de 3,6 quilómetros de extensão da chamada Variante à EN4 na Atalaia, por concluir, que hoje já vai requerer algumaretificação do referido Nó, para se adequar aos novos movimentos de tráfego que então vêm surgindo, pelo que deverá ainda ser intervencionado, remodelado e ajustado o Entroncamento do Passil, por tão desadequado que já se encontra… !

Em suma, não basta só criar acessibilidades é, e isto é tão ou mais importante de que tudo o resto, necessário e urgente que se tome consciência dos problemas que o trânsito tem no dia-a-dia, não só hoje, mas e também amanhã.

Assim, este crescente movimento, associado à localização e traçado da cidade, com características específicas, faz com que seja urgente separar, o trânsito citadino do periférico, os ligeiros dos pesados e melhorar a mobilidade e, isto essencialmente para preservar a zona citadina e toda a sua estrutura viária envolvente, mas não só, que terá de sofrer mudanças profundas.

Entenda-se que acessibilidade, é o grau relativo de facilidade com que se atinge um determinado lugar a partir de outros. Estando o grau de acessibilidade diretamente relacionado com o número de ligações diretas e seguras, logo quanto maior for o número de ligações diretas e seguras maior será o grau de acessibilidade. Aqui também há que reter que quanto mais rápidas forem as ligações, menos tempo haverá de tráfego nas vias, o que seguramente fará diminuir os números da sinistralidade e aumentar a fluidez.

Entretanto, e se não se tomarem já hoje algumas medidas, começando por se criar uma Autoridade Rodoviária Citadina, o trânsito na cidade tenderá a asfixiar-se e então aí, será mesmo preferível trocar o automóvel pela bicicleta e já agora que estas possam ser contempladas com uma ciclovia na Estrada do Seixalinho!


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