Montijo

MONTIJO – Recolha de resíduos em discussão na reunião camarária

No período de intervenção do executivo, o vereador Carlos Almeida (CDU) declarou não “compreender como o Estado vai abdicar de várias das suas funções sociais, com a Lei 50/2018, na qual delega competências para as autarquias. De que forma é que isto vai favorecer o cidadão? Isto é completamente condenável, e de uma enorme gravidade, porque situações que o Estado assegurava, passa agora a ser ónus das Câmaras Municipais.”

O segundo assunto levantado pelo vereador comunista foi a recolha do lixo “cujos problemas têm sido por demais denunciados neste concelho, porque já chegou a um autêntico ‘estado de sítio’ e de ruptura. E eis que surgem declarações do presidente à comunicação social onde dá a entender que este problema só ocorre porque há transporte de lixo de concelhos vizinhos, num claro ataque a estes e não acredito que este seja direcionado a Alcochete ou ao Barreiro.”

Em resposta Nuno Canta frisou que “hoje temos a cidade limpa dessas deposições fora dos contentores, o problema que se colocou no início de Agosto, de deposição de lixo, não de recolha”, frisando também que “os serviços de varredura tiveram algumas dificuldades em Agosto devido às férias, mas a situação está a ser resolvida”.

Segundo o autarca “o número de toneladas entregues na Amarsul durante Julho e Agosto foi superior aos anos transactos. Isto significa que os serviços trabalharam mais e transportaram mais, mas tivemos na cidade muito mais deposições ilegais junto aos contentores. Isto é também um ataque à estrutura municipal, e aos trabalhadores da higiene urbana, que deram o melhor de si para limpar a cidade.”

O presidente aproveitou a situação para “fazer um elogio público a estes trabalhadores pelo seu esforço, e ainda deixar um apelo aos munícipes para que contribuam connosco, dando conta das situações irregulares, como fizeram na passada reunião pública ou por outros meios, bem como uma actuação mais incisiva das autoridades policiais.”

Nuno Canta referiu ainda que “nos nossos serviços de contra-ordenação já temos provas de carrinhas de fora do concelho que fizeram deposições abusivas e ilegais. Por outro lado, a recolha da Amarsul dos ecopontos não funcionou nos primeiros dias de Agosto, situação que a empresa depois confirmou com um comunicado às autarquias de que tinha os camiões todos avariados. E esta foi uma situação que se repetiu também nas autarquias com gestão CDU.”

O vereador João Afonso (PSD) questionou sobre a situação “de uma lixeira de que dei conta no Alto Estanqueiro, perto de uma pré-escolar. Em relação ao lixo, não é apenas no Montijo que há munícipes incivilizados, mas também há municípios sem lixo na rua.”

O presidente da autarquia explicou que “o local é utilizado pela Junta de Freguesia para deposição de resíduos florestais recolhidos nas zonas rurais na via pública. Para isso contratámos uma empresa externa, que ali tinha um contentor que depois levava para a Amarsul. Acontece que mesmo com o espaço vedado, houve ali deposição abusiva de carcaças de frigoríficos e pneus, tendo sido identificada uma empresa que será autuada.”

Situações de habitabilidade foram o tema da intervenção do vereador social-democrata, solicitando o apoio da autarquia para realizar obras numa habitação social cujo soalho ficou danificado devido a uma inundação; um pedido de intervenção dos serviços sociais num caso de conflito entre vizinhos; problemas no caudal de água no edifício Pátio Central, “um edifício novo e que é um dos maiores habitacionais no Montijo”, a falta de manutenção no espaço de jardim e ainda os problemas nas zonas de acesso deste edifício, situações que Nuno Canta garantiu ir verificar, embora criticando a forma “redutora” de fazer política pelo eleito.

“Começa a ser um hábito de mau-gosto da oposição trazer as coisas assim à Câmara Municipal, funcionando como uma caixa-de-ressonância, porque temos conhecimento das reclamações que nos chegam.

E sendo também elemento da Santa Casa da Misericórdia, devia encaminhar alguns destes assuntos para essa entidade, que tem casas que deviam ser utilizadas pelos mais carenciados”, ao que João Afonso respondeu que “a forma como a oposição faz o seu trabalho, só a ela lhe diz respeito e os eleitos devem dar voz aos anseios e problemas das populações”.

 

A vereadora Clara Silva (PS) explicou ainda que “os serviços sociais acompanham ao milímetro as situações que nos chegam, mas não podemos acudir a todos. E depois há situações em que não é a autarquia que deve intervir, mas sim a Segurança Social.”


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