Montijo

MONTIJO – Novo sistema de transportes debatido em reunião camarária

No início da reunião camarária desta semana no Montijo, o presidente Nuno Canta apresentou uma declaração política sobre ‘Mais e Melhores Transportes Públicos’, referindo que “o município votou a favor da proposta da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que prevê a criação de um novo sistema de transportes públicos com um passe único que terá um preço máximo de 40 euros por mês”.

Segundo o edil, “o investimento da Câmara Municipal, inscrito no Orçamento para 2019, irá promover a melhoria do transporte público e será uma medida de grande alcance social, para as populações, e ainda um passo na melhoria ambiental, embora esta seja a primeira vez que o município vai dispor de valores (800 mil euros) para garantir o passe único metropolitano e financiar a empresa Carris Lisboa”.

Para o vereador Ricardo Bernardes (PS) “estas soluções agora aprovadas na AML são revolucionárias quer pelas respostas que vão trazer à população e pela renovação da frota e do novo paradigma de bilhética”, e salientou ainda “o grande desafio financeiro que o município irá fazer, que será um dos mais altos”, acrescentando Nuno Canta que “no caso do concelho, temos de pagar mais vinte euros por pessoa, porque temos de garantir o acesso aos utentes de Pegões e Canha, pela distância destes ao centro, à semelhança do que vai ocorrer com o concelho de Palmela”.

Sobre o assunto o vereador Carlos Almeida (CDU) saudou “esta solução e faço votos para que não aconteça como já se passou no passado em que os municípios se envolveram e isso despertou o apetite do capital. Estas são boas notícias e esperamos que todos os aspectos sejam acautelados, da melhoria do material circulante à extensão a outros meios de transporte” e recordou a “necessidade de integração da Fertágus na CP e a garantia dos direitos dos trabalhadores”.

O vereador João Afonso (PSD) referiu sobre o tema dos transportes que “os utentes na AML exigem respostas globais e de forma integrada. E concordo com este caminho que se está a seguir, e que tarda. Mas quando vejo uma macro-câmara como Lisboa a relacionar-se com outras como as da margem sul, acontece que a ‘carne’ vai para Lisboa e os ‘ossos’ ficam para a margem sul. O centralismo de Lisboa tem uma história que não abona pelo distrito de Setúbal, e sempre tem sido altamente privilegiada, veja-se o processo da Carris. Vamos ver se este é mais um processo do género.”

Aeroporto e dificuldades
dos munícipes

No período antes da Ordem do Dia, o vereador comunista leu uma declaração intitulada «Balanço da inércia autárquica 2017/2018» e outra com o título «Não à utilização da BA6 para o novo aeroporto de Lisboa, Sim à utilização do Campo de tiro de Alcochete», a que Nuno Canta respondeu que “este tipo de declarações já não demonstra a posição da CDU, mas sim ódios pessoais, o que em democracia é inadmissível”, apresentando a seguir uma listagem das obras executadas pelo executivo.

Acerca do aeroporto, Nuno Canta frisou que “há pouco tempo tive uma reunião com o presidente da ANA e não há qualquer informação de que o Estudo de Impacte Ambiental tenha sido chumbado, o que ocorreu foi uma necessidade de aprofundamento de alguns aspectos, como a questão do ruído, das aves e aeroportuárias”, aconselhando o vereador “a aguardar mais um pouco porque ainda vai correr muita água sobre a ponte”.

João Afonso referiu a reivindicação de um sintético para as crianças que praticam desporto com a Sociedade Recreativa de Pegões “porque não é justificável que no Montijo ainda continuem crianças a treinar com campos de terra”; as queixas sobre a falta de material didáctico e de pessoal na EB da Caneira, “que causa problemas na gestão do portão e nas refeições”; questões ligadas à segurança rodoviária e ainda sobre as verbas cedidas à Tertúlia Tauromáquica “que alegadamente não tem registo de actividade aberta”.

Nuno Canta respondeu que “pretendemos cumprir o nosso compromisso de apoio às instituições mas no caso da Sociedade de Pegões há outros assuntos, como o facto de o campo não ser propriedade da autarquia” e sobre as reclamações trazidas pelo vereador, referiu que “essas também nos chegam, mas o senhor continua a repeti-las aqui.

Na EB da Caneira está já definido que iremos intervir e já está adjudicado e sobre o material, houve um problema na sua aquisição, por motivo de falência da empresa que o ia fornecer, após ter ganho o concurso público.”

Cemitério e transportes preocupam munícipes

No período aberto à população interveio Joaquim da Maia, solicitando um arranjo no passeio junto ao cemitério e o alcatroamento dos caminhos dentro deste equipamento, ao qual Nuno Canta confirmou ter este “uma calçada muito irregular, e uma parte dessa questão foi resolvida com asfaltamento dos caminhos, mas teremos de um dia assumir a responsabilidade de colocar ali mais alcatrão para garantir a segurança”.

Maria Arminda colocou novamente a questão da falta de transportes do Bairro do Areias ao Montijo, “e ao fim de semana só temos três carreiras”, com Nuno Canta a explicar que “já tivemos reuniões com os TST para colmatarmos essas faltas, embora não tenhamos soluções para cada um dos utentes”.

Está ainda a ser discutido e votado o Orçamento Municipal (aprovado com os votos a favor do PS, abstenção da CDU e voto contra do PSD) e as taxas de Derrama, Imposto Municipal e a proposta de devolução de 1 por cento do IRS aos munícipes. (em actualização)

 


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