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Montijo | Executivo aprova Orçamento de cerca de 40 milhões de euros

O executivo da Câmara Municipal do Montijo aprovou o orçamento para o próximo ano, no valor de 41,8 milhões de euros. Um orçamento que o edil montijense considerou como tendo “desafios únicos”.

O presidente da Câmara Municipal do Montijo defendeu que “num contexto de reconhecidas dificuldades económicas e também sociais, em resultado da pandemia, importa garantir os investimentos necessários à recuperação e resiliência da nossa economia”.

Numa breve análise ao documento, Nuno Canta relembrou alguns dos investimentos municipais a concretizar ou a iniciar no próximo ano, como “a Loja do Cidadão, o Centro Municipal de Recolha para Animais, a construção do edifício para acessibilidades na Galeria Municipal, a ampliação e reabilitação da Biblioteca Municipal, a construção do Centro Escolar de Pegões e do Centro Escolar do Afonsoeiro, a reabilitação das escolas D. Pedro Varela e Secundária Poeta Joaquim Serra”, e por exemplo “a construção de Habitação a Renda Acessível, a construção da ciclovia da Atalaia ou a conclusão da iluminação pública da ciclovia ate à Jardia”, entre outros.

Na sua intervenção, o presidente da Autarquia frisou que o município “contínua uma política de devolução de impostos”, e que o “IMI irá sofrer uma redução para 0,36 por cento, mantendo-se a aplicação da taxa de IMI familiar, com redução de 20€ para famílias com um filho, 40€ para famílias com dois filhos e 70€ para famílias com três ou mais filhos”.

João Afonso: “O Montijo esteve parado durante os últimos 20 anos…”

Na bancada da oposição, o vereador João Afonso, destacou algumas das propostas do PSD, que não foram incluídas neste conjunto de projetos para o orçamento do próximo ano.

“As oficinas da câmara municipal, com condições para os funcionários e com espaço para desenvolverem as suas tarefas”, e a criação de “um crematório no Montijo, que seria uma medida importante, e uma possível âncora de atratividade para o concelho”, foram algumas das propostas referidas pelo vereador.

João Afonso lembrou que “há muito que o Partido Socialista deveria ter encetado um processo de construção de um Hospital no Montijo, e evoluir com infraestruturas com ambição e capacidade de resposta, como é exemplo de um novo centro de saúde, porque o existente já não dá resposta, e as pequenas estruturas não dão vazão”, frisou.

No que toca ao Orçamento, o vereador do PSD questionou ainda “a ausência do SMAS” no documento do orçamento, dada “a necessidade de água potável para todos”, e criticou o “(des)investimento da habitação que apontou ser zero”, até porque acusou, “nos últimos 20 anos o concelho esteve parado”.

Falando ainda em projetos e oportunidades, João Afonso voltou a questionar o edil montijense sobre a zona ribeirinha: o vereador do PSD considera “aquela zona como um enorme ativo abandonado, sendo o Montijo o concelho que menos tira proveito da sua zona ribeirinha, comparando com a Moita, Alcochete ou Barreiro”. O vereador da oposição realçou que “a zona ribeirinha poderia ser um espaço intervencionado com vários planos urbanísticos, que poderiam dar inúmeras receitas, para além de uma qualidade de vida muito superior para as pessoas”.

Joaquim Correia: “O Montijo e Alcochete merecem ter um Hospital digno”

A bancada da CDU, na pessoa do vereador Joaquim Correia, defendeu arduamente a necessidade da “Autarquia começar a encetar contatos com o intuito de avançar e defender um Hospital na cidade”. O vereador lembrou “o tempo que tem demorado o processo do Hospital do Seixal, e as limitações do Hospital do Barreiro que foi projetado para servir cerca de 100 mil pessoas, que por si só, são as zonas do Barreiro e da Baixa da Banheira… O Montijo e Alcochete merecem ter um Hospital digno! E nós temos que começar a defender isso”, frisou.

Sobre o Orçamento, o vereador Joaquim Correia, lamentou que “o Montijo poderia dar um salto qualitativo em muitas coisas…”, e deu como exemplo “a reconversão das frentes ribeirinhas e zonas verdes como vêem no documento” questionando o edil “do porquê os documentos e o discurso não baterem certo”. Também o vereador referiu ter “pena, porque somos a terra que tem a maior frente ribeirinha na Área Metropolitana de Lisboa, e se calhar com melhor qualidade, e que não a aproveita”, e acrescentou, “perdemos oportunidades, não aproveitámos o Polis e possíveis fundos europeus, e nada foi feito…”

Contas feitas… 

O Orçamento Municipal e Plano Orçamental Plurianual foi aprovado com os votos favoráveis do Partido Socialista, e as abstenções do PSD e CDU. A redução do Imposto Municipal sobre Imóveis contou com os votos favoráveis do PS e CDU e a abstenção do PSD e,nquanto a aplicação de taxa de IMI familiar e a participação variável no IRS, foram aprovadas com os votos favoráveis do PS, as abstenções do PSD e os votos contra da CDU.


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