Opinião

Montijo e a Ponte Vasco da Gama … o acesso que falta

Uma crónica de Virgílio Oliveira.

Mais do que a necessidade, isso é inquestionável, de uma nova saída da cidade de Montijo, para o acesso à Ponte Vasco da Gama, o mais importante ainda será mesmo uma nova entrada na cidade de Montijo, para o trânsito proveniente da Ponte Vasco da Gama.

A solução da circulação para a resolução de alguns dos problemas de congestionamento rodoviário, que ocorrem actualmente, nas Portas da Cidade, deve basear-se prioritariamente na gestão activa da procura dos destinos – Montijo – Lisboa – Montijo – (via Ponte Vasco da Gama) tendo por base o aumento continuado dos fluxos de circulação e a capacidade oferecida pelas infra-estruturas.

Nas saídas de Montijo e consequente aceso à Ponte Vasco da Gama , via Portas da Cidade, os congestionamentos de trânsito ali registados podem ainda dispersar-se , diminuindo assim alguns fluxos pontuais na circulação rodoviária , atendendo à flexibilidade horária que será permitida face aos destinos e finalidades dos utentes das vias, que podem escolher horas diferenciadas para a sua circulação , calculando a distância-tempo, congestionamentos ou as características das vias , assim o entendam , tendo em conta a chegada aos seus destinos.

Já no acesso à cidade, fundamentalmente nas entradas de Montijo, via Portas da Cidade, o trânsito torna-se muito mais compacto pela menor flexibilidade horária , nos acessos à Ponte Vasco da Gama, face aos términus laborais , mas não só, muito próximos , para cada um dos utentes das vias, o que  não permite obviamente , num todo , dispersar o trânsito que neste caso circula quase que em bloco.

Assim , e já com o aumento dos fluxos de trânsito, que se irão seguramente registar, num futuro muito próximo, embora actualmente hajam já alguns constrangimentos, a implantação de um “simples” desvio de aproximadamente meio Km ( uma VIA INTERMÉDIA ), já depois da actual saída da Ponte  Vasco da Gama ( A12/IP1 ) e ainda antes de se entrar propriamente na A33, iria permitir que os veículos que saíssem da Ponte Vasco da Gama tivessem a alternativa de entrar quase que directamente, com itinerários rápidos , no Montijo com acessos privilegiados à VCE, logo sem confrontos, à periferia da cidade e suas acessibilidades, ao Seixalinho, Samouco e até Alcochete, sem passarem por alguns pontos críticos de trânsito , alguns com congestionamentos, como sendo por exemplo a Rotunda das Portas da Cidade e até mesmo a Rotunda da Atalaia junto às Bombas da BP e/ou mesmo pelo “centro” SUL da cidade.

Obviamente que para isto acontecer, haveria que (re)negociar-se acordos entre a Lusoponte, Infraestruturas de Portugal e Município …! Mas não podemos esquecer, contudo, da necessária conclusão da Variante da Atalaia, com 3,6 Km, entre o nó do Passil e o nó de acesso à A33, pela vital importância desta acessibilidade, para a cidade de Montijo. De facto, era esta mesma Variante da Atalaia que por Despacho 11645/2009 de 14 de Maio, (semi-construída desde há uma década) o Secretário Adjunto das Obras Públicas e Comunicações, declarou a UTILIDADE PÚBLICA, com carácter de urgência, da expropriação dos bens imóveis e direitos a eles inerentes necessários à execução da obra.

Então e contra todas as previsões, em Junho de 2010, o Tribunal de Contas chumbou a fiscalização prévia da Variante da Atalaia, por considerar que a presente empreitada foi adjudicada por um valor que excedia em 30,37 por cento o valor do preço base. Finalmente e face ao impasse na construção da obra, no Despacho n.º 11215/A/2013, a Variante da Atalaia , não foi contemplada , nas obras a executar, deixando de ser prioritária, e assim continua … mesmo com o projecto de execução da obra em 2010 , que tentou, mas em vão,  acordar o “monstro” !


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