Opinião

Montijo e a condução rodoviária … causas e efeitos … !

Uma crónica de Virgilio Oliveira.

Circular no Montijo, onde o fluxo de veículos é já razoavelmente intenso em determinadas vias e horas, não é , cada vez mais, uma tarefa muito fácil. Veja-se o que acontece nas Rotundas : Portas da Cidade ( sem o desvio da A12 ) , Infal/Praça de Toiros ( sem via segregada ) e EN4/BP ( sem a Variante da Atalaia ) , em períodos característicos . É suposto que as rotundas deviam servir para evitar excessos de velocidade e facilitar a distribuição do trânsito em cruzamentos de muito movimento, definindo claramente as prioridades . Mas o que acontece em qualquer uma das Rotundas atrás citadas , supera tudo isso pela negativa . Causas : a Rotunda da EN4/BP reclama a Variante da Atalaia , à Rotunda das Portas da Cidade , falta-lhe a abertura de um eixo de desvio e a Rotunda da Infal/Praça de Toiros, espera ainda para ser comtemplada com uma via segregada .

No entanto conduzir um veículo é diferente de conduzi-lo com segurança. Na cidade de Montijo, deparamos com várias condutores que sabem conduzir mas isso não chega , porque porém e por vezes , não tomam certos cuidados , tais como: respeitar o limite de velocidade das vias, e algumas já com um “bónus” de 20% ( 60 Km/h ) , ou mesmo fazendo manobras invariáveis. Enfim, coisas simples que todo e qualquer condutor deveria adoptar. Exemplo negativo pode ser retirado da condução , muitas das vezes praticada, na Avenida Garcia de Orta , mas não só, isto para não falarmos já nos índices de infrações por estacionamentos indevidos que rondam uns cerca de 40% , de todo o estacionamento da cidade , o que não deixa de ser já bastante preocupante .

Outra coisa que deve ser levada em conta são as distâncias entre um veículo e outro. Nos períodos de chuvas,  é comum acontecerem mais acidentes na cidade, principalmente embates traseiros. Por mais que todo ano os jornais publiquem, números alarmantes da sinistralidade rodoviária, nas cidades, diversos condutores ainda não aprenderam sobre os cuidados necessários para conduzir nas vias molhadas e ou de visibilidade insuficiente. O piso da Rua José Joaquim Marques , por exemplo, é um potencial para acidentes em tempo de chuvas , pelo aquaplaning que ali pode ocorrer e mesmo pelo tipo de piso .

Também em Montijo um dos maiores flagelos, são não só os estacionamentos desordenados e irregulares , que se constata por toda a cidade, mas e também a questão das prioridades nas intersecções , muitas das vezes num claro desrespeito pela sinalização implantada outras vezes pela reduzida visibilidade , que pode ser atribuída a diversos factores tais como estacionamentos irregulares ou até a mobiliário urbano .

Temos o claro exemplo disto ,no cruzamento da Avenida D. Afonso Henriques com a Avenida Luís de Camões , em que os confrontos são quase que inevitáveis , a precisar de uma reestruturação, o que obriga a grandes exercícios , assim bem como na intersecção da EM 501 e a Avenida Fialho Gouveia ( a reclamar uma Rotunda ) , entre outros locais claramente identificados .

É certo que as vias de Montijo parecem ser bem mais tranquilas, para quem conhece a cidade do que para quem a visita ocasionalmente . Mas o conhecimento das acessibilidades é factor, por vezes determinante para uma condução tão segura como perigosa . O excesso de confiança é tremendamente perigoso na condução automóvel .
 Conduzir em velocidades excessivas , como se vê em muitas das vezes, só porque a via está livre , e temos rectas ainda longas , é um erro gravíssimo. Nas vias da cidade, é preciso uma preocupação não apenas só para com os outros veículos. Muitas vezes, há animais que atravessam na via e uma colisão pode ser fatal. Há também a circulação dos peões em bermas ou mesmo nas passadeiras que em reflexos imprevisíveis podem potenciar o acidente . Nas Circulares e não só, os excessos de velocidade são bem visíveis .

Na cidade de Montijo, principalmente nas vias essencialmente urbanas, é comum verem-se acidentes acontecerem em intersecções. Elas são muito perigosas, pelos mais variados motivos onde se destaca os estacionamentos precisamente sobre as mesmas retirando o ângulo de visão aos condutores nesses espaços, obrigando assim a uma invasão de via , em diagonal aberta, numa circulação intempestiva que anula completamente o efeito de segurança, tão necessário nessas ocasiões e locais. Por isso, no momento em que o condutor se depara com uma intersecção, deve abrandar, mesmo que em prioridade , ou parar até . Vejam-se os acidentes já ocorridos, por exemplo, no cruzamento da Rua Dom Augusto Pereira Coutinho com a Rua Bulhão Pato ou no cruzamento da Rua Gaspar Nunes com a Rua dos Combatentes da Grande Guerra .

A distância é também uma precaução contra acidentes. É até óbvio falar isso, mas vale a pena salientar que existem ainda condutores que se “colam” na traseira de outro veículo, deixando o condutor que o procede em uma situação bastante desconfortável. Isso vê-se muito nas nossas circulares externas ,e não só, um pouco por toda a cidade .

É comum ver-se muitas das vezes , principalmente nas circulares , uma constante mudança via para ultrapassar e retomar a posição, sem qualquer modo de segurança , pelas velocidades praticadas na ocasião .

Havendo na cidade de Montijo e periferia , uma extensão já considerável de semáforos  , é razão para muitas das vezes promover ao convite a uma aceleração 
 sem regras , havendo aqui um claro alheamento da segurança , pelo facto de muitos condutores  ignorarem que a luz amarela do semáforo não significa sinónimo de aceleração mas sim de paragem cautelosa .
 Também e por vezes bastante incomodativo é buzinar sem nexo. É mesmo aconselhável usar a buzina , mas como sinal de alerta e não como insulto.
 Respeite escrupulosamente o Código da Estrada e demais Legislação Regulamentar .
 Pratique sempre uma condução defensiva, por mais que isso o incomode .
 Reveja os tempos de trajecto necessários para chegar ao seu destino em segurança e atempadamente, tendo em conta as condições climatéricas e fluxos das vias , que vai percorrer.


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