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Ministro do Ambiente promete abastecer territórios de baixa densidade

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, garantiu, hoje, que o Governo terá atenção ao esforço que os territórios de baixa densidade fazem para garantir o abastecimento público de água e o saneamento de águas residuais.

Durante a cerimónia de inauguração das obras de requalificação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Valgode – um projeto conjunto dos municípios de São Pedro do Sul e de Vouzela – Duarte Cordeiro admitiu que o Governo tem de ter sensibilidade “para os territórios de baixa densidade relativamente ao esforço que fazem, aos custos que têm e à recuperação dos custos nas tarifas”.

No seu entender, tem de haver sempre “um equilíbrio entre recuperar aquilo que é justo, que é a parte da recuperação dos custos que tem de ser feita nas tarifas”, e “não ter a injustiça e o peso que já reforça muitas vezes os territórios de mais baixa densidade populacional”.

“É uma atenção que terei o cuidado de procurar corresponder”, frisou.

“Os custos das infraestruturas para colocar abastecimento público de água ou saneamento de águas residuais é muito mais elevado nos territórios de baixa densidade, o que implicará maior custo do serviço ao consumidor final”, justificou.

“Não sendo o nosso território apetecível para as entidades gestoras, o grau de cobertura, principalmente de drenagem de águas residuais, ainda é muito insatisfatório, havendo ainda várias aldeias sem abastecimento público de água”, disse o autarca social-democrata.

Segundo Rui Ladeira, “estes territórios precisam do apoio para a resolução dos problemas de abastecimento de água em alta, mas também para resolver os problemas da baixa, principalmente corrigir as ineficiências dos sistemas e as perdas de água, que só se conseguem com muito investimento e especialização”.

Numa altura “em que muito se fala em preservação do ambiente e nas alterações climáticas”, o autarca pediu ao Governo “que permita às pequenas entidades gestoras o acesso a estes fundos de forma a reduzir as assimetrias com os grandes centros urbanos, nem que para o efeito possa ser criado algum regime excecional”.

O presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Vitor Figueiredo (PS), mostrou-se preocupado com o abastecimento de água às populações, uma vez que, “nos últimos tempos, o concelho atravessa um período de seca severa que obriga ao transporte diário de água para localidades de oito freguesias”.

O ministro assegurou a Vítor Figueiredo que o Governo fará “um esforço grande para corresponder a esta vontade de agregação do município de São Pedro do Sul, desde logo na possibilidade de compatibilizar com as Águas do Douro e Paiva”.

“Não só responde a um problema que nós temos de escassez, como permite preparar os territórios para o futuro, porque nós vamos ter que ter sistemas sustentáveis. E isso faz-se em sistemas robustos, com massa crítica, com vários municípios que permitam que uns se ajudem aos outros”, considerou.


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