Ministra da Coesão Territorial propõe criação de Investimento Territorial Integrado em Setúbal 

A medida visa permitir o acesso de mais fundos europeus a Setúbal, sem se emancipar da capital. 

As carências da Península de Setúbal face a Lisboa foram alvo de discussão, após Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, ter admitido em sede da Assembleia da República a necessidade de articular um tratamento diferenciado para a Península de Setúbal, já que se classifica por um lado, como uma das zonas mais pobres do país, mas por outro, uma das que recebe menos apoios dos fundos europeus por pertencer à região de Lisboa, uma das mais ricas do território nacional. 

Os empresários da margem sul lutam há muito pela criação de uma região que albergue os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Sesimbra, Setúbal e Seixal. A ministra da Coesão Territorial parece ter encontrado solução para o problema, sem a saída da região de Lisboa e evitando negociações e imbróglios jurídicos com o Eurostat e a Comissão Europeia. 

A resposta apresentada é a criação de um Investimento Territorial Integrado (ITI). Esta solução permite responder à necessidade de lutar contra os desequilíbrios regionais, bem como potenciar as capacidades e recursos do território, através do desenvolvimento de um quadro estratégico sub-regional coerente e devidamente articulado com a estratégia regional. Do ponto de vista prático, vai permitir à Península de Setúbal aceder a mais fundos europeus sem se emancipar de Lisboa.

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