Militares portugueses no Iraque estão “salvaguardados” e aguardam desenvolvimentos, diz ministro da Defesa

João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, diz que está em “contato permanente” com a unidade militar que está no Iraque a dar formação às tropas iraquianas. Segundo o ministro, a informação que tem recebido nos últimos dias sobre a situação intensa no Iraque, é que a base militar de Besmayah está tranquila e que os militares portugueses se “encontram bem e não correm nenhum perigo imediato”.

Em declarações à Lusa, o ministro da Defesa adianta que “Temos os nossos militares perfeitamente tranquilos e salvaguardados. Besmayah está a 40 quilómetros de Bagdad e é um local resguardado. Eles estão bem e não há nenhum tipo de perigo imediato”.

As formações e treino ministradas pelos portugueses naquela base foram entretanto suspensas, mas o Governo mantém uma posição de “prudência”, e está aguardar desenvolvimentos de toda a situação intensa que está a ser vivida em território iraquiano.

A NATO e a coligação internacional liderada pelos EUA de combate ao “Daesh” (acrónimo árabe do grupo extremista Estado Islâmico), designada “Inherent Resolve”, anunciaram, respetivamente no sábado e no domingo, a suspensão das atividades de formação e treino, após a morte do general iraniano Qassem Soleimani num ataque aéreo dos EUA contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdad, que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.

Para já, considerou o ministro da Defesa, é prematuro falar em retirar os militares portugueses da missão e, defendeu, “tem de haver um diálogo muito estreito ao longo dos próximos dias, na próxima semana ou duas, com as autoridades do Iraque para que haja o necessário esclarecimento daquilo que é a vontade das autoridades iraquianas”.

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