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Militar em formação em Portalegre detido pela GNR

O detido está envolvido no tráfico de diamantes nas Forças Armadas.

A PJ deteve esta segunda-feira um guarda-provisório da GNR que estava em formação na Escola da Guarda, localizada em Portalegre.

O detido que está em formação desde junho último, inserido no 44º Curso de Formação de Guardas e que ingressou na formação proveniente das Forças Armadas. Em comunicado a GNR avança que “A Guarda mostra total disponibilidade para colaborar com as investigações desenvolvidas pela PJ”.

A detenção insere-se no âmbito da megaoperação da PJ, “Operação Míriade”, que está a decorrer esta segunda-feira em várias instituições militares, incluindo o Regimento de Comandos, na Carregueira, concelho de Sintra.

A PJ fez várias buscas em Lisboa, Funchal, Bragança, Porto de Mós, Entroncamento, Setúbal, Beja e Faro, com a envolvência de mais de 200 inspetores e peritos daquela força de investigação.

Em comunicado, a PJ avança que foram realizadas 100 buscas, 95 domiciliárias e 5 não domiciliárias.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, emitiu dez mandados de detenção. O comunicado da PJ informa ainda que “está em curso uma investigação de uma rede criminosa, com ligações internacionais, que se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas, tendo por objetivo o branqueamento de capitais”.

O esquema montado passava pelo uso de aviões militares em missões humanitárias da ONU que serviam ainda para traficar diamantes e ouro. Depois de inseridos em território nacional e sem estar sujeitos a controlo alfandegário, os diamantes e ouro eram encaminhados para o norte da Europa, nomeadamente para a Antuérpia, na Bélgica. A investigação passa ainda pelo branqueamento de capitais através da compra de bitcoins, a criptomoeda, transações monetárias sem qualquer tipo de controlo financeiro.

Este é o segundo caso a envolver militares das Forças Armadas Portuguesas, sendo que o primeiro caso foi o robusto caso do roubo das armas de guerra de Tancos, que envolveu altas patentes do Exército e ministros.

O ministério dos Negócios Estrangeiros já fez saber que a operação desencadeada pela PJ não afetará a imagem internacional do país, em declarações, o ministro Augustos Santos Silva adianta que “se as autoridades judiciais entendem que há indícios que exigem investigações, essas investigações devem de ser realizadas. Vigora o princípio da separação de poderes, portanto nada a dizer sobre as investigações judiciais em curso”, declarou numa conferência em que esteve em Coimbra.


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