‘Medidas da Comissão Europeia não são suficientes’
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, considerou hoje que “as medidas que o Eurogrupo propõe para ajudar as famílias, empresas e Estados são positivas, mas ainda insuficientes, e temos de nos interrogar sobre como a União Europeia se irá reerguer depois desta ‘pancada’ que todos apanhámos, depois do primeiro envolvimento que se centrou em salvar vidas”.
O ministro falava aos jornalistas após uma reunião entre os membros do Governo e parceiros sociais, que decorreu por videoconferência, e explicou as medidas que os ministros das Finanças europeus já têm em cima da mesa para financiamento.
“As medidas dividem-se nos apoios às famílias e pessoas, às empresas e aos Estados Membros, consubstanciadas no novo programa europeu de financiamento pelo Banco Europeu de Investimento, e teremos empréstimos na ordem dos 100 mil milhões para as famílias, de 200 mil milhões de euros para as pequenas e médias empresas e cerca de 240 mil milhões de euros para os Estados, embora se aguarde ainda mais dados sobre a distribuição do montante pelos Estados Membros que necessitarem, com uma afectação que não pode exceder os 2 por cento do PIB de cada um dos países.”
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que as negociações “tiveram um avanço muito positivo e sem precedentes na história da integração europeia e Portugal considera que a Comissão Europeia deve agora validar estas propostas”, mas salientou que “estas não são suficientes.
Espera-se que na próxima reunião, a Comissão Europeia seja mandatada para apresentar uma proposta de financiamento para um plano de recuperação com dimensão correspondente à crise que se abateu sobre a economia mundial e europeia.”
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