Atualidade

Médicos detectaram 101 casos de mutilação genital feminina em Portugal

Os profissionais de saúde detetaram 101 casos de mutilação genital feminina em 2020 em Portugal, segundo dados do gabinete da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, solicitados pela agência Lusa.

Os dados indicam, contudo, uma diminuição das situações identificadas, em relação a 2019, quando foram detectados 129 casos.

«Portugal conta hoje com uma equipa estruturada e qualificada de profissionais nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), que partilham recursos e atuam em rede nos cinco ACES em que o projeto se iniciou: Almada-Seixal, Amadora, Arco Ribeirinho, Loures-Odivelas e Sintra», afirmou o gabinete de Rosa Monteiro.

O número de casos assinalados reflete «a maior capacitação de profissionais para detetar, sinalizar e agir perante situações de mulheres e meninas vítimas de mutilação genital feminina».

Nestes territórios, de acordo com a mesma fonte, foram realizados, em 2019, um total de 68 ações de formação sobre esta temática, que capacitaram 1.176 profissionais de setores-chave como a saúde (médicos, enfermeiros e psicólogos) e a educação (docentes, assistentes operacionais e técnicos).

Estas iniciativas foram desenvolvidas no âmbito do projeto ‘Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina’, criado em 2018, e que em fevereiro de 2020 foi alargado a mais cinco ACES: Cascais, Estuário do Tejo, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, e Lisboa Norte.

Este projeto, uma iniciativa da secretária de Estado Rosa Monteiro, tem vindo a «reforçar e estruturar, no panorama nacional, o combate à mutilação genital feminina, através da integração e responsabilização dos serviços de saúde de proximidade, pela qualificação e trabalho em rede de profissionais de terreno (saúde, educação, Ministério Público, entre outros), com uma profunda e estreita relação com as organizações não-governamentais (ONG) especializadas no terreno».

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e o Alto Comissariado para as Migrações partilham a coordenação das iniciativas, tendo as ONG passado a contar com um financiamento específico através da subvenção da CIG.


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