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Médico Psiquiatra arrasa Toy por comentário sobre a depressão no Big Brother

Toy comentou no “Big Brother” alguns assuntos como a liberação do uso de canábis e a depressão: «É extremamente inacreditável que o canábis seja proibido e os antidepressivos super agressivos sejam autorizados», disse.

E continuou: «Eu tenho que dizer isto porque isto é uma vergonha que o canábis seja proibido porque é uma forma de nos podermos libertar um bocadinho a nossa ansiedade…».

Gustava Jesus, médico psiquiatra não gostou das declarações que considerou “inacreditáveis e fez uma longa crítica no seu Instagram:

“Um programa de grande visibilidade como é o caso do Big Brother deve servir também para “passar mensagens importantes à sociedade”. É precisamente isso que o Toy diz neste vídeo, extraído de uma emissão de ontem.

Infelizmente, apesar de sempre ter tido a minha simpatia e de merecer a homenagem de todos os que já cantaram e dançaram toda a noite, toda a noite, ao som da sua música, o Toy não escolheu as mensagens certas.

Ao contrário do que diz:
– a depressão não é uma doença nova; sempre existiu e é descrita nos mais antigos manuais da medicina, muito antes de existirem medicamentos para a tratar;
– as pessoas não têm depressão por falta de outros problemas em que pensar, como a falta de dinheiro ou de comida. A depressão é uma doença do cérebro que resulta de fatores biológicos e ambientais (que incluem, aliás, os sócio-económicos, como a pobreza). Aqueles que reúnem um conjunto maior de fatores de risco têm mais probabilidade de desenvolver a doença;
– Os antidepressivos não são “super agressivos”, são hoje em dia medicamentos seguros, eficazes e com poucos efeitos adversos, e além disso salvam vidas. Por isso, afirmações como esta são de grande irresponsabilidade, porque podem influenciar quem as ouve no sentido de abandonar o tratamento ou de recusar iniciá-lo (isto partindo do pressuposto de que já ultrapassaram o estigma para ir ao psiquiatra);

O Toy finaliza dizendo que estes problemas (referindo-se à depressão) existem. Lá nisso acertou. Mas diz também que “é preciso ter muito cuidado com os químicos”, não se lembrando certamente de que todas as substâncias que têm algum efeito sobre o cérebro são “químicos”. Isso inclui as moléculas ativas da cannabis, da qual falou como possível tratamento, o que é absurdo à luz da evidência que existe. Não confundir efeitos psicoativos imediatos de uma substância com o tratamento de uma doença. Portanto, e não excluindo a óbvia importância dos tratamentos psicoterapêuticos, está na altura de arranjar outro argumento para falar mal dos antidepressivos. Porque esses “químicos” salvam vidas.
E essa foi a razão pela qual foi tão preocupante ouvir o Toy.

Aliás, mais do que preocupante, foi “extremamente inacreditável”.”


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