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Marcelo: “Fim do estado de emergência não é o fim da responsabilidade dos portugueses”

O Presidente da República defendeu hoje que, no processo de desconfinamento em curso, agora sem estado de emergência, a responsabilidade é sobretudo dos portugueses, a quem pediu disciplina para evitar retrocessos na contenção da covid-19.

“A responsabilidade continua onde sempre esteve: nas mãos dos portugueses. A responsabilidade não está nas mãos apenas do Presidente da República, apenas da Assembleia da República, apenas do Governo. Está, sobretudo, nas mãos dos portugueses”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta a questões dos jornalistas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que falava no final da cerimónia de entrega do Prémio Bial de Medicina Clínica 2020, na sede da Ordem dos Médicos, declarou: “A máxima responsabilidade está nas mãos dos portugueses, e eu conto com essa responsabilidade dos portugueses”.

“Há aqui uma ideia que é importante que passe: é que o fim do estado de emergência não é o fim da responsabilidade dos portugueses, nem é o fim da pandemia. Portanto, a pandemia ainda aí está, a responsabilidade dos portugueses deve continuar, como sempre esteve”, acrescentou.

Segundo o Presidente da República, que não se quis intrometer no “exercício da competência do Governo” quanto às medidas do plano de desconfinamento, o comportamento dos portugueses “vai naturalmente explicar os passos seguintes, nas semanas seguintes, nos meses seguintes”.

“Eu não quero antecipar-me àquilo que é o exercício da competência do Governo. Quero dizer o seguinte: que conto com a mesma disciplina dos portugueses”, afirmou.

Na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que não iria propor ao parlamento renovar o estado de emergência, que assim terminará na sexta-feira, 30 de abril, pelas 23:59, ao fim de 173 dias consecutivos em vigor.

Hoje, o chefe de Estado elogiou o comportamento dos cidadãos “nestes meses muito difíceis”, considerando que “revelaram coragem e disciplina”, e mostrou-se certo de que se lembram dos altos e baixos da propagação da covid-19 em Portugal desde março do ano passado.

“Os portugueses têm a experiência de um ano e dois meses, têm a experiência de uma primeira vaga muito difícil, têm a experiência depois de um desconfinamento com agravamento da situação mais tarde, ainda no ano passado, e depois dos meses muito difíceis deste ano. Não é uma memória longínqua”, referiu.

De acordo com o Presidente da República, “sabendo isso, não deixarão de manter uma atitude de bom senso, de prudência, de precaução e de disciplina”.


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