Manifestações em Lisboa preocupam médicos de saúde pública

As autoridades de saúde juntam-se à Associação dos Médicos de Saúde Pública que dizem estar preocupados com tudo o que se passou no dia de ontem em Lisboa, isto porque a capital viveu uma das maiores manifestações que contrariou todas as medidas impostas num estado de calamidade devido a uma pandemia.

As restrições referem-se a que não são permitidas no país concentrações de mais de 20 pessoas e menos ainda na região de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que o limite é de 10 pessoas.

Ricardo Mexia, presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública, em declarações à Renascença diz não ter percebido como podem ser autorizados eventos como os de sábado, de protesto contra o racismo, em cinco cidades do país.

“Julgo que o Governo emitiu uma orientação no sentido de que no país não pode haver concentrações de mais de 20 pessoas e, na região de Lisboa e Vale do Tejo, de mais de 10”, reafirma.

Disse ainda que “tenho dificuldades em perceber como é que isto se coaduna com a situação que temos visto nas imagens que têm sido passadas pela comunicação social”, referindo-se às centenas de pessoas que se juntaram nas várias cidades em solidariedade com o afro-americano George Floyd, que foi assassinado pela polícia.

Para o presidente da AMSP não pode ser feito um protesto como aquele que foi realizado com milhares de pessoas nas ruas, sobretudo em Lisboa. Para o especialista em saúde pública os eventos onde haja uma grande concentração de pessoas, apesar de utilização da máscara, continua a haver uma proximidade importante, o que deixa a saúde pública muito preocupada e a situação poderia ser evitada.

Já a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas também tinha feito referência ao uso da máscara sem os devidos distanciamentos sociais, as imagens não agradaram a DGS e a Diretora Geral da Saúde voltou a lembrar que as máscaras não conferem a imunidade das pessoas, o que representam é um pequeno bloqueio nada mais.

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