Rubrica

Mãe, eu sou gay

Manuel já havia ensaiado a conversa, vezes sem conta, na sua cabeça. Há muito que sabia e sentia, mas esperou pelos seus 18 anos para contar à mãe. Sim, ia começar por ela. De todos, era nesta que depositava a maior esperança de não ser rejeitado. Mas, ainda assim, o coração quase saía do peito e a respiração era cada vez mais apressada.

Sentia que pairava e não que andava na direção do quarto. Tocou com os nós dos dedos na porta, empurrando-a suavemente e sussurrou: “Mãe, podemos falar?”

A resposta afirmativa e o tom doce da sua voz, foram o empurrão que faltava. Sentados na cama desta, olhos nos olhos, deixou que as palavras, finalmente, dessem força de verdade ao que sentia: “Mãe, eu sou gay.”

O tempo congelou, ambos viveram uma eternidade até que os braços da mãe o envolveram e o validaram. Ouviu-se então: “Meu filho, obrigada por confiares em mim. Tens e terás o meu amor incondicional. És livre para amares quem quiseres.”

Esta é uma conversa fictícia. É a conversa que todos os filhos e todas as mães merecem ter. Uma conversa de amor e de validação. De amor, liberdade e respeito. Todos os dias milhares de jovens por este mundo arriscarão partilhar a sua orientação sexual com os seus pais. Apenas alguns serão aprovados.

Pense nisto. Todos merecemos ser aceites como somos e temos o direito de amar quem quisermos.


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