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Livre alerta para perigo de extremismos e políticas da direita

O dirigente do Livre, Rui Tavares, esteve esta tarde no Parque da Paz, em Almada, com o cabeça-de-lista pelo círculo de Setúbal, Paulo Muacho, numa sessão pública com apoiantes e onde se falou do programa do partido para o Governo, mas também dos problemas do distrito.

Paulo Muacho relembrou o lema da campanha “alternativa do Livre, em que defendemos o ‘bota acima’, de forma a dar esperança no futuro, através de um partido mais solidário e progressista”.

Acerca dos problemas do distrito de Setúbal, o candidato apontou “as desigualdades sociais, o nível de desenvolvimento diferente do de Lisboa, e uma realidade ambiental e ecológica”; e deu como exemplos a questão “do aeroporto no Montijo, que o PS quer construir.

Há necessidade do novo aeroporto mas não desta forma, com as cartas marcadas; a saúde negligenciada com falta de médicos no Hospital de Setúbal e Garcia de Orta, e o Hospital do Seixal, que desde 2016 está no Orçamento de Estado e não avança; a falta de habitação para os jovens e ainda a defesa do estuário do Sado e da Arrábida.  

O desenvolvimento não pode ser feito à custa dos bens ecológicos, que temos obrigatoriamente de preservar.”

Na matéria política, relembrou que “temos várias discordâncias com outros partidos de esquerda mas sempre com a clareza de que os nossos adversários estão à direita, e é na derrota da direita que temos de nos focar.

Sabemos que já andam a negociar pastas em ministérios, entre o Chega, o CDS, e o Iniciativa Liberal, e que da parte da direita só teremos uma política de empobrecimento e trabalhadores baratos, baseados no modelo económico da Índia e da China.

Se a esquerda for Governo o Livre lá estará para dizer ‘presente’ e defender uma visão nova de esperança do século XXI.”

Por sua vez, Rui Tavares relembrou “o tempo que andei por Almada a colar cartazes, não por um partido político, mas pelo Festival de Teatro, criado e promovido por Joaquim Benite, também fundador do Teatro de Almada, e falecido em 2012, um homem que muito fez pela cultura no concelho e no país”.

E relembrando as raízes ciganas de Joaquim Benite, o cabeça-de-lista do Livre realçou “de alguns partidos com propostas preconceituosas.

“Há partidos que têm propostas de exclusão, muitas vezes centradas no aumento do preconceito contra uma das comunidades que já sofre de mais preconceito secular em Portugal, e com propostas que pretendem aumentar os níveis de ‘ciganofobia’ neste país.”

Outras memórias invocadas pelo líder do Livre centraram-se na forma como conheceu os vários candidatos no distrito de Setúbal, “que apostaram num partido que é partilhado por todos vós, com a visão livre e transmissível, por pessoas que não têm a política como obsessão.

O Livre é um partido que faz falta para uma sociedade plural, e temos tido a alegria de ver muita gente chegar.”

O apelo ao voto foi outro dos pontos abordados, “e este deve ser feito com sentido de responsabilidade num momento muito importante para Portugal. Estas são umas eleições pelas quais a maior parte de nós não esperava, embora houvesse quem tivesse avisado desde o início que a falta de um acordo escrito no início da legislatura iria encurtar a legislatura, tornando-o menos escrutinada. A maior maioria de esquerda de sempre foi esbanjada quando deveria ter sido utilizada para os grandes combates de esquerda do nosso país.”


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