Santiago do CacémSines

Litoral Alentejano | Movimento alerta para efeitos nocivos de linha de muito alta tensão

O Movimento Juntos Pelo Cercal do Alentejo alertou para os efeitos nocivos que uma Linha de Muito Alta Tensão (LMAT), que irá atravessar os concelhos de Santiago do Cacém e Sines, poderá causar na saúde pública.

O Movimento divulgou um comunicado através das redes sociais, no qual refere que a instalação da linha está prevista no âmbito da construção da futura Central Fotovoltaica de Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, cujo projeto pertence à empresa Cercal Power, do grupo Aquila Capital.

Segundo o movimento cívico, a LMAT, «que servirá para transportar a energia produzida na futura central solar, vai passar por vários terrenos, numa extensão de 26,5 quilómetros, até à subestação elétrica de Sines».

«O Movimento tem vindo a alertar os donos das terras para os efeitos nocivos desta linha na saúde humana» e adianta que «os proprietários terão que dar o seu consentimento, pelo menos, à colocação de pontos de apoio dos postes que suportarão as LMAT».

Em relação ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentado pela Cercal Power, «debruçou-se sobretudo na montagem do parque solar, desconsiderando por completo o impacto das LMAT na saúde pública, na fase de exploração.

Nota-se que o traçado da proposta da LMAT Cercal- Sines está próximo, ou mesmo adjacente, ao da LMAT Portimão – Sines. O EIA não leva em conta os efeitos cumulativos das várias linhas em proximidade.»

Além dos efeitos na saúde humana, o movimento alerta para «todo um conjunto de fatores ecológicos que são desconsiderados», dando como exemplos «os impactos nas populações de abelhas e o aumento da mortandade de pássaros».

Outra preocupação do Movimento prende-se com «o processo de licenciamento do EIA não cumprir as disposições definidas pela REN [Rede Elétrica Nacional] que determinam que os projetos da Rede Nacional de Transporte de Eletricidade devem ser objeto de estudos e de avaliação de impacte ambiental, de acordo com a legislação em vigor».

Tendo em conta todas estas questões, o Movimento defende que o processo seja «necessariamente revisto e avaliado na sua versão final, uma vez que a anunciada alteração do projeto, já depois de ter sido emitida uma declaração de impacto ambiental, é completamente desconhecida da população».


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