João Moura não comparece ao primeiro dia de de julgamento por maus-tratos a animais de companhia

O julgamento João Moura começou esta segunda-feira no Juízo Local Criminal de Portalegre, onde o cavaleiro tauromáquico enfrenta a acusação por parte do Ministério Público de 18 crimes de maus-tratos a animais de companhia e 1 de maus-tratos a animais de companhia agravado, por factos ocorridos em 2019 e 2020, na sua propriedade em Monforte, Portalegre.

No entanto, segundo a RTP1, João Moura não compareceu à primeira sessão do Tribunal, alegando ‘doença’.

Apesar da ausência do arguido, o julgamento está a decorrer com a audição das testemunhas e já está marcada nova sessão para o dia 28 de Setembro.

João Moura foi detido pela GNR no dia 19 de fevereiro de 2020, na sequência do cumprimento de um mandado de busca à propriedade, tendo então sido apreendidos 18 cães de raça galgo, num estado de desnutrição, acabando um destes por morrer.

O processo-crime foi originado por um auto de notícia elaborado pela GNR, que deteve o cavaleiro no âmbito de uma investigação realizada pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA).

Após ser interrogado nesse dia no Tribunal de Portalegre, João Moura foi constituído arguido e ficou sujeito a termo de identidade e residência.

No despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, o MP descreve o estado de saúde de cada um dos 18 animais quando foram apreendidos: alguns animais encontravam-se magros ou com «condição corporal baixa» e outros apresentavam «magreza acentuada» ou «estado de caquético», entre outras classificações.

Todos os cães galgos apreendidos tinham lesões ou escoriações e infeções provocadas por parasitas, possuindo algumas doenças, sem que existissem «quaisquer sinais de tratamento», indica o MP.

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