Atualidade

Joe Berardo avança com pedido de indemnização de 900 milhões de euros por ‘danos’

O empresário Joe Berardo avançou com uma ação no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa contra os bancos Millenium BCP, a Caixa Geral de Depósitos, o BES e o seu sucessor, Novo Banco, adianta a RTP, a quem acusa de terem lesado a Fundação Berardo e a gestora Metalgest.

Às instituições financeiras reclama agora uma indemnização de 900 milhões de euros, e destes, 100 milhões visariam reparar danos morais.

Na queixa de Berardo, os bancos em causa teriam lesado quer a Fundação com o nome do empresário, quer a Metalgest, por não terem esclarecido o próprio risco no momento da aquisição de ações via crédito.

Oitocentos milhões de euros serviriam para compensar a Fundação Berardo por esta ter ficado ‘despojada’ para fazer face a dívidas à banca, e os outros 100 milhões destinar-se-iam a reparar alegados danos decorrentes da «denegrição pública da imagem de Berardo como empresário e como pessoa, agressão dolosa à sua personalidade e a toda a sua obra de enorme alcance económico, cultural e social e consequente indescritível sofrimento e profunda depressão, com reflexos de dramático agravamento do seu processo de envelhecimento físico e mental».

Nesta ação, à qual a RTP teve acesso, Berardo diz-se enganado «acerca das circunstâncias relativas à situação interna dos bancos – especialmente o BCP – e do sistema financeiro português, em que a Fundação contraiu empréstimos para a aquisição de participação qualificada no BCP».

O empresário responsabiliza também os visados por «não terem cumprido a obrigação de executar na altura devida as ações que serviam de garantia de empréstimos e que se desvalorizaram» e alega já não ter qualquer dívida por cobrir, «por terem já sido vendidas as ações do BCP empenhadas e aplicado o produto da venda no pagamento dos créditos dos bancos».

O empresário afirma ter sido vítima de «uma verdadeira subversão da realidade, manipulada pelos bancos, ao serviço da sua desresponsabilização e em conluio com o Estado, ao serviço da ilegítima pretensão de apropriação da Coleção Berardo» e argumenta, na mesma ação, que não pretendeu «transportar para os tribunais questões de grande melindre para os bancos e para o próprio Banco de Portugal», razão pela qual decidiu preservar a via negocial.

«Nessa negociação, que se manteve mesmo depois da instauração de execuções pelos bancos, foi alcançado um princípio de acordo, que teve expressão num documento produzido pelo Novo Banco e que mereceu, no essencial, o consenso do comendador e dos bancos, devendo constituir a base do acordo a formalizar», lê-se na ação agora interposta.


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