Jerónimo de Sousa avisa Governo para não repetir “dose” de gestão privada na TAP
“É momento de afirmar da necessidade do controlo público da TAP(…). A defesa da TAP pública, enquanto companhia aérea de bandeira, capaz de responder aos interesses do país é uma exigência inseparável de uma perspetiva de desenvolvimento nacional da qual o povo português não pode prescindir”, declarou Jerónimo de Sousa durante o comício “Nem um direito a menos. Confiança e luta por uma vida melhor”, que decorreu hoje à tarde na Praça D. João I, na Baixa do Porto, e onde leu um discurso de sete páginas.
Jerónimo de Sousa avisou o Governo não “repetir a dose”, permitindo que a gestão continue a ser privada e criticou todos aqueles que optaram pela gestão privada da companhia aérea TAP e que a levaram à ruína.
“Esses que cantam luas à iniciativa privada, à gestão privada, aqui está um exemplo concreto da ruína a que foi conduzida esta empresa nas mãos do privado. Esperamos que o Governo não queira repetir a dose permitindo que a gestão continue a ser privada”, disse.
O dirigente comunista lembrou que a TAP é a “principal empresa exportadora do país”, realizando só em 2019 vendas superiores a “3, 4 mil milhões de euros” e afirmou que, se os custos inerentes à viabilização e desenvolvimento da empresa são consideráveis, os custos inerentes a uma possível destruição da TAP seriam “incomportavelmente maiores”.
O Governo anunciou na passada quinta-feira que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
“De forma a evitar o colapso da empresa, o Governo optou por chegar a acordo por 55 milhões de euros”, referiu o ministro das Finanças, João Leão, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, em Lisboa.
O Estado aumenta a participação na TAP dos atuais 50% para 72,5%.
Uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de covid-19, a empresa “não é elegível” para receber uma ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis de Bruxelas devido ao surto, que são destinadas a “empresas que de outra forma seriam viáveis”.
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