Atualidade

Irmã Lúcia morreu há 17 anos. Memorial em Coimbra, onde viveu, reabre ao público este domingo

No final do dia 13 de fevereiro de 2005, fecharam-se para este mundo dois olhos que tinham visto, há 88 anos, uma “Senhora mais brilhante do que o Sol” vinda do Céu.


Há 17 anos morria, em Coimbra, a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, ou simplesmente a Irmã Lúcia, vidente de Fátima.


Lúcia de Jesus Rosa dos Santos nasceu em Aljustrel, na paróquia de Fátima, no dia 28 de Março de 1907. Ali cresceu na companhia dos primos mais novos, Francisco e Jacinta. Estas crianças, que viriam a ser conhecidas como “os três pastorinhos”, foram as protagonistas das aparições que fariam daquele lugarejo o Altar do Mundo.


Em 1916, relataram três visitas de um Anjo e, no ano seguinte, seis aparições de uma Senhora “vinda do Céu” que lhes pediu oração e penitência “pelo fim da guerra”, em “reparação dos pecados” e pela “conversão dos pecadores”.


A Senhora prometera aos pastorinhos que um dia iriam para o Céu. A 13 de Junho de 1917, Lúcia ficou a saber, pelos lábios da Virgem, que o Francisco e a Jacinta iriam “em breve”, mas que ela ficaria cá “mais algum tempo”. De facto, Francisco morreu em 1919 e Jacinta no ano seguinte, em 1920.


Para os crentes, o tempo é relativo, tendo em conta a eternidade. Assim, “mais algum tempo” foram praticamente mais 88 anos de vida.


A missão de Lúcia consistiu principalmente em divulgar a mensagem de Fátima, particularmente “a devoção ao Coração Imaculado de Maria”.


A vidente ingressou na Congregação das Doroteias, em Espanha, tendo entrado no Carmelo de Coimbra em 1948, onde se entregou mais à oração e à penitência, conforme o pedido pela Virgem Maria.


Viveu até 2005 neste local, tendo morrido a 13 de fevereiro, depois de lhe ser lida uma mensagem de conforto enviada pelo Papa João Paulo II.


Depois de um ano sepultada no Carmelo, o corpo da Irmã Lúcia foi trasladado para a Basílica de Fátima no chuvoso dia de 19 de Fevereiro de 2006, onde repousa ao lado do túmulo da sua prima Jacinta Marto.


O Carmelo de Santa Teresa, onde Lúcia viveu em Coimbra, tem um espaço dedicado à vidente de Fátima e onde conserva alguns dos seus pertences. Nos últimos dois anos, o Memorial esteve encerrado mas vai reabrir portas neste domingo, no 17º aniversário da morte da Irmã Lúcia, conforme relata o site Notícias de Coimbra.


No Memorial, pode ver-se uma réplica da cela, a cama, um lenço e a máquina de escrever da Irmã Lúcia, assim como terços, bordados e outros trabalhos que ela gostava de fazer.


A causa de beatificação e canonização de Irmã Lúcia começou em 2008, por autorização papal, antes dos cinco anos depois sua morte. Será um processo longo, porque Lúcia tem muito escritos, literalmente milhares de cartas que é preciso analisar para que nada contradiga as verdades da fé.


Com o processo em Roma, resta aguardar que a Congregação para a Causa dos Santos reconheça um milagre para a Irmã Lúcia ser beatificada e, após um segundo milagre, ser declarada Santa da Igreja Católica, como aconteceu com os seus primos que desde 2017 são invocados como São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto.


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