Opinião

Heterosexual Pride Day

Sim, não me enganei. É que os héteros também têm orgulho. O Medina é que ainda não sabe.

Os héteros têm orgulho da sua orientação sexual, orgulho das suas famílias, orgulho dos seus filhos gerados da relação natural entre pai e mãe, orgulho da educação que lhes dão, orgulho dos valores que lhes passam e orgulho dos lares luminosos e alegres que fomentam.

Serão os heterossexuais alvo de discriminação quando se assiste, ano após ano, à ocupação do espaço público lisboeta para a realização de arraiais temáticos sem que o Presidente Medina acolha outros “prides”, outros orgulhos, que não estão, ainda, na moda, nem têm, ainda e por ora, tantos lobbies por detrás?

Quiçá seja essa a pecha a qual os héteros terão de contornar. O lobbie hétero – não sei se existe, mas se pretendem um dia orgulhosamente seu, criem-no), deverá ser real. Porque as coisas funcionam assim e se alguém, por falso decoro, disser o contrário, mente.

Assim como o Dia de Todos os Santos é o dia do orgulho cristão (não oficial, verdade), penso ser desejável – atendendo ao princípio da igualdade e não discriminação – haver um dia consignado aos héteros que, na verdade, estão em maioria (em absurda maioria, Medina) e, vá-se lá saber porquê, não têm o seu arraial.

Vejo a celebração desse dia com uma jornada cheia de cor e festa na Praça do Comércio, com famílias alegres, homens e mulheres de mão dada, crianças a correr, a gritar, a brincar, com música, bancas, partilha, testemunhos e, absolutamente desejável, com o Presidente Medina a fazer um discurso de tolerância e abertura para com eles; um dia inteiro de luz e cor, onde pudessem – com a tolerância e bênção municipal – testemunhar quão orgulhosos são das suas escolhas e das suas orientações sexuais.

Eu, que tenho amigos gays e amigos héteros, deixo o repto. Não para ficar apenas como mais umas linhas escritas, mas para ser levado a sério por quem sente a impossibilidade de exprimir o seu orgulho. E nestas coisas das igualdades, não basta parecer. Há (mesmo) que o ser.

O município lisboeta, que manifesta e publicita exaustivamente tanta abertura e tolerância, não pode discriminar, por omissão, as pessoas héteros, em função da sua orientação – que não é desorientação – sexual.

P.S.: para quando uma bandeira hétero?

#HeterosexualPrideDay


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