País

Greve da IP paralisa comboios de longo curso e regionais

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) que hoje decorre está a paralisar os comboios de longo curso e regionais, tendo o sindicato garantido à Lusa que durante a manhã “não se realizou qualquer comboio”.

Em declarações à Lusa, António Salvado, do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), disse que, “até esta hora [cerca das 12:00] ainda não se realizou qualquer comboio de longo curso, nem Alfas Pendulares, nem Intercidades nem inter-regionais, nem regionais”.

Além disso, “em termos de conservação e manutenção, não se realizou qualquer intervenção”, indicou.

Em comunicado, a CP — Comboios de Portugal indicou que, “até às 10:00, estavam programados 441 comboios” e “realizaram-se 323”. Assim, de acordo com a empresa, foram suprimidas 118 composições, 72 de serviço regional, 23 de longo curso, 15 urbanos de Lisboa e oito urbanos do Porto.

Por sua vez a IP, informou que, “relativamente à circulação ferroviária até às 10:00, foi assegurada a realização de 91% dos comboios urbanos de Lisboa previstos”.

“Foi possível assegurar todas as circulações programadas pela Fertagus e na Linha de Cascais, enquanto na Linha de Sintra foram realizadas 94% das circulações previstas. No Porto, a taxa de circulação de suburbanos até às 10:00 foi de 100% (apenas não foram realizadas as ligações entre Caíde e Marco de Canaveses, da ligação de São Bento a Marco de Canaveses), referiu a empresa.

António Salvado diz que esta grave tem “uma grande adesão”, mas reconhece que é “menos visível nas zonas urbanas. Essa situação está relacionada com o facto de os trabalhadores do CCO [Centro de Comando Operacional], sendo que alguns não aderiram e, portanto, tendo em conta a automatização do sistema, é possível realizar alguns comboios”.

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) e das suas filiadas estão em greve hoje e no dia 02 de julho, reivindicando melhores condições laborais, nomeadamente, o aumento dos salários.

A plataforma de sindicatos que representam os trabalhadores da IP e das suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) entregou um pré-aviso de greve com início às 00:00 e término às 24:00 dos dias 28 de junho (hoje) e 02 de julho de 2021, depois de os colaboradores já terem parado em 02 de junho.

“Os trabalhadores da IP e das suas participadas não aceitam a discriminação praticada pelo Governo e aceite pela empresa que decide pelo aumento de salário para 308 dos seus 3.784 trabalhadores”, defendeu, em comunicado, a plataforma sindical.

As reivindicações em causa prendem-se com o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como “fator de resolução e prevenção de conflitos”, a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.

Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP – Comboios de Portugal a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.

Os trabalhadores protestam também “contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho”.


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