Grávida obrigada a percorrer 150 km entre Amora e Caldas da Rainha
Uma grávida teve de fazer um percurso de 150 quilómetros entre a Amora, no concelho do Seixal, para as Caldas da Rainha, para poder realizar o parto.
Tudo aconteceu pelas 04h00 desta segunda-feira, quando Patrícia Alves, grávida de 40 semanas e 4 dias, chamou o INEM após começar a sentir dores na região abdominal.
Após a chegada da ambulância, começou o pesadelo com os hospitais de Setúbal e Lisboa a recusarem receber a gestante, por falta de disponibilidade.
Um erro do Centro de Orientação de Doente Urgentes (CODU), levou o casal até Santarém, mas ao chegarem lá, descobriram que teriam de seguir para as Caldas da Rainha.
Patrícia Alves foi reencaminhada para Santarém, a cerca de 100 quilómetros de distância, conforme relata ao ‘Correio da Manhã’ o marido, João Morais, onde chegaram cerca das 05h30, para serem informados de que essa unidade deixava de ter anestesista disponível a partir da 08h00.
«A minha mulher estava em pânico e a ter ataques de ansiedade» refere João Morais, denunciando que a grávida terá esperado por uma nova ambulância durante duas horas numa maca o hospital de Santarém.
Acabaram por chegar às Caldas da Rainha por volta das 08h30, depois de percorridos mais de 150 quilómetros.
João Morais explicou ao CM que Patrícia Alves era seguida no centro de saúda na Alameda, em Lisboa, mas que às 32 semanas de gestação mudaram-se para o concelho do Seixal.
Sem médicos disponíveis na Unidade de Saúde Familiar de Amora, foi transferida para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, «que se recusou a receber a mulher, por só receber grávidas em emergência».
A bebé, Benedita, nasceu bem de saúde às 17h00 desta segunda-feira.
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