PaísSeixal

Graça Freitas desmente desconhecimento alegado pela autarquia do Seixal sobre focos de covid

A diretora da Direção Geral de Saúde, Graça Freitas, frisou que “não é essa a informação por parte das autoridades de saúde de Lisboa e Vale do Tejo” quando questionada sobre o comunicado emitido pela Câmara Municipal do Seixal ontem, na qual a autarquia alegava desconhecimento dos focos de covid-19 no concelho.

“A informação que temos destas autoridades é que têm existido, a nível local, as interações necessárias, porque apenas com a conjugação de todas as forças no terreno é que é possível fazer face a estas situações, que são sanitárias mas são também muitas vezes de carácter social.”

Graça Freitas acrescentou ainda que “no caso do concelho do Seixal, tratam-se de casos dispersos, e temos até boas notícias, porque do foco com 16 casos, 4 já estão recuperados.

Agora surgiram alguns focos familiares muito pequenos e também pequenos surtos em alguns bairros.

Hoje o Diário do Distrito colocou algumas questões, relativas à possibilidade dos dados pormenorizados que são disponibilizados às forças de segurança e autarquias, com os números de casos por freguesia e de óbitos por concelho, serem públicos.

Para Graça Freitas “as forças policiais e as autarquias têm informação agregada em pormenor porque necessitam dessa informação para poderem agir em conformidade mas temos de respeitar a privacidade das pessoas, pelo que certos dados não podem ser tornados públicos”.

Sobre a questão colocada esta manhã pelo presidente da Associação para o Desenvolvimento Social do Bairro da Jamaica, no Seixal, que afirmou ter solicitado às autoridades um confinamento do bairro para não moradores, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, respondeu que “a avaliação do risco é feita pelas autoridades de saúde, as autarquias e a Proteção Civil, conforme as situações detectadas e não por serem bairros sociais”.

Já sobre a possibilidade de fazer os testes nos focos identificados, Lacerda Sales defendeu não “parecer haver razões para se fazerem testes em bairros sociais, a não ser no âmbito de um surto e de uma investigação epidemiológica.

Não me parece que seja por estar num bairro social por si só que se deva testar, mas sim em função da investigação. Este vírus é um vírus democrático, isto é, atinge toda a gente, pode atingir qualquer um de nós, independentemente da condição social.”

Sobre algumas informações que dão conta que muitos dos moradores nos locais onde os focos foram detectados se recusam a fazer os testes, Graça Freitas referiu que “as pessoas são informadas das vantagens mas têm de dar o seu consentimento informado, pelo que não há obrigatoriedade de fazer testes.”


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *