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Global Media avança com ‘lay-off’ para garantir sustentabilidade

A administração do Global Media Group informou hoje os seus trabalhadores de que irá aplicar o ‘lay-off’ e que esta irá afectar todos os sectores «da base até ao topo do grupo», permitindo este processo «defender a sustentabilidade da empresa e os seus quase 700 postos de trabalho diretos».

O grupo Global Media detém os jornais DN, Jornal de Notícias, O Jogo e o Açoriano Oriental, e ainda a TSF e o Dinheiro Vivo, entre outras empresas.

Num comunicado interno, a que a Lusa teve hoje acesso, a administração da empresa refere que a pandemia da covid-19 está «a afetar de forma decisiva toda a cadeia de valor do mercado dos media, imediatamente visível na drástica redução das receitas, provocada por uma massiva redução do investimento publicitário e por uma violenta quebra das vendas de jornais e revistas, face ao confinamento generalizado da população».

Estas dificuldades a que acresce «a tardia concretização das anunciadas medidas de apoio do Estado ao setor, e cujo critério de repartição ainda nem sequer foi concertado com os parceiros da indústria, comprometem o natural desenvolvimento da nossa atividade comercial, provocando um conjunto de dificuldades financeiras e de tesouraria».

Neste contexto, «o Global Media Group decidiu acionar os mecanismos legais do chamado ‘lay-off’, devidamente ajustado a cada empresa, marca e área de produção ou serviços, com diferentes níveis de redução de horários, mas afetando todos, mas mesmo todos – da base até ao topo do grupo».

Admitindo que se trata de uma decisão «dura e difícil», considera que esta é uma «medida de apoio imediato e de caráter parcial, extraordinário, temporário e transitório que melhor permite defender a sustentabilidade das nossas empresas, os seus quase 700 postos de trabalho diretos e, muito especialmente, a continuidade da relação de confiança dos leitores e ouvintes com as nossas marcas de informação – com independência, rigor e pluralismo, as pedras basilares que norteiam este grupo».

O comunicado alerta ainda que «sem este setor a funcionar em condições mínimas de sustentabilidade, restar-nos-ia a barbárie das notícias falsas que proliferam como virose pelas redes sociais».

Os trabalhadores dos títulos da GMG entram em ‘lay-off’ esta semana, mas o grupo não avançou mais detalhes.

No caso do Diário de Notícias, por exemplo, aos quadros com salários mais elevados deverá ser aplicado um ‘lay-off’ de 50%, para os jornalistas com salários médios e chefias será aplicado 30% e para os de rendimentos mais baixos 10%.


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