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GIlberto Gil homenageado pelo Google num museu virtual

Exposição online homenageia o aclamado músico brasileiro, Gilberto Gil, que celebra 80 anos este mês. Foi encontrado um disco inédito do autor que estava perdido

Gilberto Gil, um dos artistas mais importantes da música brasileira, recebeu uma grande homenagem esta semana. A história e carreira do músico baiano, que está prestes a completar 80 anos no próximo dia 26 de Junho, estão expostas na nova exposição “O Ritmo de Gil”, num museu virtual na plataforma Google Arts & Culture.

O projecto foi criado a partir de uma pesquisa coordenada por Chris Fuscaldo ao enorme acervo de documentos do autor. Agora os fãs de Gil, podem conhecer um pouco mais sobre a sua vida e influência na cultura musical mundial através de fotografias, vídeos, músicas e diversos materiais digitalizados.

Entre os materiais incluídos nesta exposição especial, distribuída por 140 secções, está um disco que foi gravado por Gilberto Gil em 1982 em Nova Iorque, mas que nunca tinha visto a luz do dia. O álbum foi dado como perdido após o regresso de Gil ao Brasil; porém, Fuscaldo e Ricardo Schott encontraram-no durante a pesquisa. Acedendo ao museu virtual pode-se ouvir estas nove músicas inéditas, nas suas misturas originais que na altura foram gravadas numa cassete. 

Neste disco o cantor trabalha com o produtor Ralph MacDonald e uma equipa de talentos, incluindo o saxofonista Grover Washington Jr., o baixista Marcus Miller e a cantora Roberta Flack. Com nove faixas, oito delas em inglês, mais “Estrela” em português, o trabalho soa como os álbuns de pop adulto feitos na altura. Não é absurdo imaginar que algumas destas faixas tivessem feito sucesso na rádio, como a versão de “Lua e Estrela”, com composição de Vinícius Cantuária que no Brasil foi um grande hit na voz de Caetano Veloso, ou “When The Wind Blows” que Gil, no mesmo ano, gravaria em português como “Deixar Você”. Pode ouvi-las aqui

Este álbum praticamente não tinha ritmo brasileiro, ainda que MacDonald tenha trazido um pouco de Caribe a algumas faixas, e isso acabou por incomodar Gil apesar de ter trabalhado arduamente nas gravações e estar satisfeito com o resultado final.

O projecto foi arquivado e nunca mais se ouviu falar dele. Décadas depois, Gil lembrou-se dessa aventura e achou que seria interessante lançá-lo oficialmente. O problema é que a gravação master tinha desaparecido dos arquivos da Elektra e, Gil não sabia se tinha uma cópia nos seus arquivos. Só recentemente, quando o enorme acervo de gravações passava pelo processo de digitalização é que o jornalista Ricardo Schott o encontrou num dos arquivos.

“O Ritmo de Gil” apresenta também entrevistas com grandes nomes da música brasileira que estiveram presentes na vida do cantor e compositor ao longo da sua carreira, incluindo Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Jorge Ben Jor.

Explore esta viagem musical sobre Gilberto Gil aqui.


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