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Freguesia da Quinta do Anjo celebrou 92.º aniversário

Uma tarde cheia de música e com alguns discursos assinalou a celebração dos 92 de elevação a freguesia da Quinta do Anjo, na Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, com as actuações do Grupo Coral 1.º de Maio do Bairro Alentejano, Ivo Soares, Classic Artpiano Academy.

As celebrações iniciaram-se no dia 7 de Fevereiro com a inauguração da Exposição Coletiva de Artistas plásticos n’A Casa do Arrabidine, e a cerimónia deste domingo contou ainda com o lançamento oficial do livro de poesia ‘História e Memória’ de José Gago, cuja receita da venda irá reverter para o Bota Fogo Futebol Clube, para a compra de equipamento.

António Mestre, presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Anjo, agradeceu “a solidariedade de José Gago ao doar as receitas. Tudo fizemos para que o livro fosse hoje lançado, pela sua importância e embora saiba pouco de poesia e de escrita, é desta matéria que um autarca de freguesia se orgulha”.

Nas curtas palavras que dirigiu ao público “porque estou rouco, falar de mim seria uma seca, e falar do livro é complicado”, José Gago não deixou de agradecer à Junta de Freguesia o empenho para a edição do livro “e se quiserem outro para o ano, posso já começar a preparar”, referiu com humor.

“Falar de um livro é como falar de um filho, nasce de nós, tem o nosso ADN e como a um filho, apenas lhe vemos as virtudes, o que não quer dizer que apenas as tenha. Este é um livro simples, de um homem simples, que tem a quarta classe tirada na escola pública, e é doutorado pela Real Universidade da Vida.”

No momento protocolar o tema da descentralização de competências que o Governo pretende aplicar foi comum aos discursos.

Nuno Costa, em representação da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias considerou “ser uma honra tremenda estar nesta cerimónia onde a cultura popular está tão muito viva. É também com muita satisfação que contamos com esta freguesia no projecto da ANAFRE, que trabalha em prol das freguesias, porque unidos seremos mais fortes, sobretudo quando se debate a descentralização de competências, que pode vir a servir para uma verdadeira reformar no poder local, assim seja correctamente organizada”.

Em representação da Assembleia Municipal de Palmela, Andreia Bento frisou que “são 92 anos feitos de pessoas que deram o seu contributo pessoal para que a freguesia crescesse, e por isso saúdo todos os que trabalharam para esse desenvolvimento, do movimento associativo aos agentes económicos e sobretudo as suas gentes”.

Julieta Rodrigues, presidente da mesa da Assembleia de Freguesia da Quinta do Anjo referiu alguns dos futuros projectos para a freguesia “como o Espaço Cidadão, para melhor servir os nossos fregueses e que muito vai contribuir para aproximar alguns da sociedade digital, porque é preciso incluir todos nessa mudança”.

António Mestre centrou-se nos aspectos positivos “da vida de autarca, embora pudesse maçar-vos com as dificuldades que enfrentamos, que começam pelo incumprimento por parte do Estado Central da Lei das Autarquias Locais até às características deste território.

Mas optamos por falar da proximidade enquanto autarca de freguesia, da participação do movimento associativo nesta freguesia, que tem sido imenso e que muitas vezes serve para mudar rumos, e da qual somos muito ricos.”

O edil salientou ainda os projectos participativos que há dois anos a Junta leva a cabo “em que qualquer cidadão pode apresentar projectos, receber 5 mil euros e garantir a execução desse projecto” e deixou um reconhecimento “aos empreendedores que escolheram a nossa freguesia para se instalarem e que também se associam a nós em muitas das iniciativas. E por isso temos uma ‘Atitude Positiva’.”

O discurso mais longo da tarde coube, naturalmente, ao presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, que voltou a referir aspectos históricos da freguesia desde a pré-História, a importância da Arrábida “e toda a sua mística”, bem como o facto de ser na Quinta do Anjo que tem lugar “a festividade mais antiga do concelho, no Dia de Todos os Santos, que celebra os que foram salvos do terramoto de 1755. É também a uma lenda que se deve o nome, porque terá sido o Arcanjo Gabriel que salvou o povo desta quinta quando alguém envenenou a água da fonte desta quinta que viria a ser do Anjo.”

Álvaro Amaro discorreu depois sobre as obras para a freguesia que estão a decorrer ou que irão iniciar-se em breve, e informou também que o PDM – Plano Director Municipal de Palmela irá entrar em breve em consulta pública.

“A Quinta do Anjo não é o quintal de Palmela e sabemos que necessita de espaços de lazer, de equipamentos sociais, de um Centro de Saúde dimensionado, para o qual a autarquia já tem o terreno sinalizado.

Essa era uma dívida que tínhamos para com esta população e por isso algumas dessas obras têm vindo a ser erguidas com o apoio da Câmara Municipal, mas é preciso mais apoio financeiro do Poder Central.”


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