DesportoEntrevistaMundoSesimbraTurismo

Fotografia subaquática, o desporto que capta o que o mar tem para oferecer

O Diário do Distrito entrevistou a dupla Filomena Sá Pinto e Carla Siopa. As atletas do Clube Naval de Sesimbra conquistaram a medalha de ouro no Campeonato Europeu de Fotografia Subaquática, que aconteceu na Madeira. As atletas integraram a Seleção Nacional. Nesta conversa, a dupla contou o que é necessário para tirar uma boa fotografia e qual foi o melhor lugar em que mergulharam.

«O princípio da fotografia cá em cima é igual ao princípio da fotografia lá em baixo. O equipamento é ligeiramente diferente, muito mais caro», disse Sá Pinto sobre as diferenças que encontram na prática de fotografia. «Para se fazer fotografia subaquática é necessário mergulhar muito bem», afirmou Carla Siopa. Para aqueles que queiram praticar este desporto, aconselham a praticar para que a água se torne num apoio e não num empecilho.

Quando saem para a água existe um espaço de 90 minutos para mergulhar. «Eu comecei a praticar fotografia subaquática em 2005. Comecei a mergulhar em 96. Mergulhava com um amigo meu que era aqui de Sesimbra, o Carlos Ramos. A mulher dele era a modelo, mas eu às vezes fazia este papel e comecei a entusiasmar-me. A primeira pessoa que me deu umas luzes de fotografia foi o meu sogro», contou a fotógrafa.

O tempo de um mergulho pode variar consoante as condições de mergulho existentes (como é o caso da profundidade a que se vai). O ar para a prática de um mergulho em segurança é essencial. Em competição existem dois mergulhos por dia e as fotos costumam ser entregues a organização no fim de cada jornada. Por dia são tiradas 300 imagens. Sobre o local em que mergulharam e que lhes deu as melhores fotografias, Carla Siopa confidenciou que foi na Madeira.

Filomena Sá Pinto é a fotógrafa da dupla, já Carla Siopa é a sua modelo e assistente. Descrevem o seu trabalho como uma simbiose que começa com a tranquilidade necessária para se chegar a fotografia perfeita. «Começa tudo em terra. Neste campeonato a Filomena já ia com uma ideia muito definida do que queria fazer. Vê-se muita coisa a volta que ficaria bonito, mas quando se vai com uma ideia do que se quer fica mais fácil. Eu ajudo-a na luz, na focagem ou mesmo a agarrá-la para poder fotografar», explicou Siopa sobre o seu papel nesta dupla.

No arquipélago estiveram recentemente para disputar o Europeu e o Open. «Gostámos de todas as fotografias feitas. A dificuldade foi escolher». O momento da escolha das fotografias é um dos principais desafios deste desporto. Isto porque a escolha das imagens é feita num espaço de tempo muito pequeno (2 horas). «Logo no primeiro dia tínhamos as fotos para entregar para as categorias que queríamos». Filomena Sá Pinto confidenciou que as medalhas alcançadas foram com fotos tiradas no segundo dia. A foto que ganhou a medalha de ouro no Europeu mostra uma Judia. Este peixe também existe em Sesimbra.

No futuro desta dupla do CNS está o Campeonato do Mundo, ainda sem local.


ÚLTIMA HORA! O seu Diário do Distrito acabou de chegar com um canal no whatsapp
Sabia que o Diário do Distrito também já está no Telegram? Subscreva o canal.
Já viu os nossos novos vídeos/reportagens em parceria com a CNN no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Siga-nos na nossa página no Facebook! Veja os diretos que realizamos no seu distrito

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *