Covid-19Montijo

«Foco de transmissão na indústria de carnes no Montijo está controlado»

Na reunião camarária do Montijo desta quarta-feira, o presidente Nuno Canta apresentou uma declaração política sobre a situação do concelho perante a pandemia de covid-19, na qual referiu a situação ocorrida em empresas do sector de transformação de carnes.

“Temos no concelho um número muito baixo de casos positivos, o que atesta o acerto da eficácia das medidas de prevenção adoptadas pelas entidades concelhias. No entanto, apesar de todas as medidas de confinamento, foi detectado um foco de transmissão associado a trabalhadores da indústria de transformação de carnes no Montijo.”

O edil frisou que “este foi um sector que se manteve em laboração durante o estado de emergência, por ser essencial à vida dos portugueses, também eles na linha da frente”.

Nuno Canta explicou depois que os casos positivos foram “detectados através da medição da temperatura corporal e posteriormente confirmados pelos testes realizados no SNS.

De imediato a esses trabalhadores que foram testados como positivos foi decretado o isolamento, a par com os colegas que com eles contactaram.

Foi mesmo encerrada a secção de abate e desmanche de uma das empresas e realizada uma bateria de novos testes aos funcionários, para despiste dos que contactaram com os casos positivos.

Foram realizados 140 testes e 39 casos deram positivo, tendo sido todos os trabalhadores confinados a isolamento domiciliário, do mesmo modo que os que com eles estiveram em contacto, e deste modo controlado eficazmente o foco de transmissão na indústria de carnes.”

Segundo o edil “neste momento não temos nenhuma cadeia de transmissão activa na comunidade, todos os casos foram importados e circunscritos a um determinado número de trabalhadores e respectivas ligações sociais”, frisando ainda que se trataram de “casos assintomáticos e aqueles que apresentaram sintomas, não inspiram qualquer risco de transmissão”.

Esta postura do presidente foi criticada pelo vereador do PCP, Carlos Almeida referindo que “dizer que se tratam de casos importados não dá mais segurança porque tenham esses trabalhadores vindo de concelhos limitrofes, é aqui que passam várias horas, que até vão comprar a sua refeição ou beber café”.

Apesar disso, frisou “a necessidade de, ao nível local, manter uma vigilância apertada na fase de desconfinamento” e apelou “à consciência dos montijenses para manterem a postura que permitiu estarmos a este nível”.

Outro aspecto abordado por Nuno Canta foi o resultado dos testes realizados aos funcionários de lares de 3.ª idade, “todos com resultados negativos. Com tudo isto podemos dizer que no Montijo a luta contra a pandemia foi muito positiva, mas os efeitos da crise sanitária vão ser muito profundos.”


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