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Fernando Santos contabilizou mil jogos como treinador principal

Fernando Santos celebrou ontem com um empate (2-2) amargo na Sérvia, em jogo de apuramento para o Mundial de 2022, o jogo 1.000 da sua carreira como treinador principal de futebol, iniciada há mais de 33 anos.

No seu jogo 1.000, Portugal chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com um ‘bis’ de Diogo Jota (11 e 36 minutos), mas Aleksandar Mitrovic (49) e Filip Kostic (60) empataram e, no final dos descontos, o árbitro não validou um golo a Cristiano Ronaldo em que a bola ultrapassou a linha. Faltaram as tecnologias.

Do ‘episódio’ 1, um empate a um golo na receção ao Barreirense, na 16.ª jornada da Zona Sul da II Divisão, em 10 de janeiro de 1988, ao comando do Estoril, ao milésimo, ontem, em Belgrado, o atual selecionador luso somou 498 vitórias, 253 empates e 249 derrotas, com 1.469 golos marcados e 947 sofridos.

A época de 2020/21, é a 34.ª consecutiva de Fernando Santos como treinador principal, num trajeto em que se ‘distinguem’ oito troféus, dois por Portugal, o Euro2016 e a Liga das Nações de 2019, cinco pelo FC Porto, um campeonato, o ‘penta’, duas Taças de Portugal e duas Supertaças, e ainda um pelo AEK, a Taça da Grécia.

O maior feito a maior da história foi, indiscutivelmente, escrito em 10 de julho de 2016, no Estádio Saint-Denis, nos arredores da ‘Cidade Luz’, a inesquecível vitória sobre a França na final do Euro2016.

O triunfo foi selado por Éder, que foi a terceira ‘cartada’ de Fernando Santos na final e virou ‘herói’, no ‘mítico’ minuto 109, colocando-se na história como o autor do golo mais importante da história de quase um século da formação das ‘quinas’.

Foi o jogo 945 da carreira de Fernando Santos, no que respeita aos seniores, não contando os particulares dos clubes ou os jogos em que comandou “miúdos”, do Império da Picheleira aos juvenis e juniores do Estoril Praia, quando ainda era futebolista.

Em equipas principais, e como treinado principal, o jogo 1 é o com o Barreirense e para a história entraram Sérgio, Vinhas (Carlitos), Martins, Paulinho, José Carlos, Borreicho, Eugénio, Jorge Pereira, Martinho (José Pedro), Pedro e Roberto.

O empate 1-1 não satisfez o técnico nascido em Lisboa, em 10 de outubro de 1954, há 66 anos, porque, nas suas palavras “o Estoril foi a melhor equipa em campo”.

Esse embate, proporcionado pelo ‘adeus’ de António Fidalgo rumo ao Salgueiros, foi também o primeiro de 232 pelo Estoril Praia, com 81 vitórias, 73 empates e 78 derrotas (251-263 em golos), num trajeto marcado pelo segundo lugar na edição inaugural da II Divisão de Honra e a subida à I Liga.

Saiu dos ‘canarinhos’ após a ronda 22 da I Liga 1993/94 e na época seguinte manteve-se na divisão principal, no Estrela da Amadora, no qual cumpriu quatro épocas, com 39 vitórias, 45 empates e 49 derrotas (139-164 em golos), em 133 jogos.

O seu bom trabalho na Reboleira não passou despercebido e, na época seguinte, rumou ao seu primeiro ‘grande’, o FC Porto, com a enorme responsabilidade de suceder a Bobby Robson e António Oliveira e selar um inédito ‘penta’ no futebol luso.

E, para a história, entrou mesmo como o ‘engenheiro do penta’, sendo que, além do campeonato de 1998/99, venceu, em três temporadas, duas edições da Taça de Portugal e duas da Supertaça, para um total de 98 vitórias, 31 empates e 27 derrotas (310-126 em golos), em 156 encontros.

Seguiu-se a internacionalização, a primeira aventura na Grécia, o seu ‘segundo’ país, com uma época no AEK Atenas, para conquistar a Taça da Grécia, na mais importante de 38 vitórias, mais cinco empates e oito derrotas (134-51 em golos), em 51 jogos.

A boa época no AEK abriu-lhe as ‘portas’ do Panathinaikos, mas essa acabou por ser a mais curta experiência da carreira — cumpriu apenas nove encontros, em 2002/03, nos quais somou seis triunfos e três desaires, com 11 golos marcados e três sofridos.

Na temporada seguinte, o segundo ‘grande’, o Sporting e a angústia de perder Cristiano Ronaldo antes do arranque, culpa de uma ‘enorme’ exibição do ‘miúdo’, na inauguração do novo Estádio José Alvalade, face ao Manchester United, que o levou.

Somou, pelos ‘leões’, 26 vitórias, cinco empates e nove derrotas (66-38), mas não arrebatou qualquer troféu e voltou à Grécia, e ao AEK, para novas duas épocas e 86 jogos, traduzidos em 47 vitórias, 23 empates e 16 derrotas (121-70 em golos).

A sua carreira manteve-se uma ‘ponte aérea’ entre Portugal e Grécia e foi tempo de regressar e completar o ciclo dos três ‘grandes’, com o ingresso no Benfica, que comandou a 29 vitórias, 11 empates e nove derrotas (86-41 em golos), em 49 encontros.

Como pelos ‘verde e brancos’, também não conseguiu títulos na Luz, saindo após míseros dois jogos em 2007/08, numa decisão da qual Luís Filipe Vieira já se confessou arrependido.

Apanhou, de imediato, o avião para a Grécia, agora rumo ao PAOK Salónica, que comandou três épocas (2007/10), num total de 114 encontros, nos quais somou 58 vitórias, 24 empates e 32 derrotas, com 132 golos marcados e 92 sofridos.

O trabalho que fez nos clubes valeu-lhe o salto para a seleção da Grécia, com qual chegou aos ‘quartos’ do Europeu de 2012 e aos ‘oitavos’ do Mundial de 2014, para ‘cair’, amargamente, nos penáltis, face à Costa Rica, na despedida, após 26 vitórias, 17 empates e seis derrotas (56-36 em golos), em 49 encontros.

Desde 2014, Fernando Santos é o selecionador luso e na história já está como o primeiro que levou Portugal a um título: já são aliás, dois, pois juntou ao Euro2016 e a primeira edução da Liga das Nações, em 2019: para já, são 81 jogos, nos quais contabiliza 50 vitórias, 19 empates e 12 derrotas, com 163-59 em golos.

“Aquilo que eu gostava de cumprir como objetivo era levar Portugal a ser campeão do mundo, obviamente”, confessou à Lusa, na véspera do jogo 1.000. O contador vai prosseguir.


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