Feira Quinhentista inaugurada com energia e um olhar pela história

As celebrações, que assinalam a atribuição do foral novo a Aldeia Galega (hoje Montijo), no âmbito das reformas dos forais promovidos por D. Manuel I, foram, gradualmente, sendo maiores, à medida que as tradicionais bancas de comida e de costumes característicos foram a abrir.

Neste que é o primeiro de três dias de comemorações, a feira enquadra os seus visitantes num ambiente de realização dos ofícios de época, de visita de mercadores de outras paragens, de tascas e tabernas com vários folguedos de dança, música, poesia, saltimbancos e teatro.

O primeiro dia, como já é habitual, foi dedicado de forma especial aos mercadores e acampamentos espalhados pelo trajeto. Num dedo de conversa, enquanto prepara as brasas, antevendo o que aí vem, José Carlos Gomes, comerciante, aguça a curiosidade com um dado importante de lembrar. “É o segundo ano que cá venho. Estive no ano passado e voltei em 2023. Sou de Santarém e ficarei por cá até domingo”, afirma enquanto chama a clientela à sua banca, onde colabora também a sua mulher.

A organização do evento é da Câmara Municipal do Montijo, em parceria com a Alius Vetus — Associação Cultural História e Património e conta com o apoio da Junta de Freguesia da União das Freguesias Montijo e Afonsoeiro. A Associação Alius Vetus agradeceu mais um ano de parceria na Feira Quinhentista, na pessoa do presidente Vítor Cabral.

Um dos momentos altos do dia inaugural foi o discurso do Presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que cumprimentou e agradeceu a todos os que têm contribuído para o sucesso das celebrações. “Há que agradecer a organizações como a Alius Vetus, que têm enobrecido este evento. Também à 1.ª de Dezembro, que também têm trabalhado muito para a promoção dos nossos valores. A Feira Quinhentista é importante, já que invoca as raízes mais profundas da nossa povoação, também conhecida como Aldeia Galega”, vai referindo.

“Este evento mostra aquilo de que somos feitos. Esta feira e todas as parcerias são para continuar. Precisamos celebrar aquilo que temos e ter mais certeza da nossa identidade”, refletiu o autarca.

Para o sucesso da iniciativa, muito contribui a vinda de milhares de pessoas a este que é um evento que já vai na 8.ª edição. “A opinião pública tem sido muito favorável. Hoje o dia está mais encoberto, mas já está cheio de gente. A feira começou com o mote de celebrar os 500 anos da Aldeia Galega que se mantém hoje com muito entusiasmo. Todos os espetáculos são gratuitos e por existir tudo de forma ampla e aberta para as pessoas, as pessoas vêm com mais vontade para ver”, confirmou o Presidente da autarquia montijense.

Ainda com tempo para refletir sobre a história de Portugal, Nuno Canta afirmou que “é fundamental continuar com os eventos que celebram a história e o passado, sendo o que se faz na Feira Quinhentista. Venham à festa, já que todos serão muito bem-vindos. Vão encontrar muita comida e cerveja tradicional, bem como música e espetáculos de época personalizados”, convidou o autarca…

Torneios de armas, música, teatro de rua, arruadas e desfiles medievais são apenas algumas das muitas iniciativas que prometem muita animação para os próximos dias.

No primeiro dia, os protagonistas foram os grupos que desfilaram por algumas ruas do Montijo. São eles o Batucando, Companhia Al-Nawar, Espada Lusitana, Falcoaria Lusitana, Danças Antigas, Gaiteiros dum Trago, Jograis del Rei, Kinessis e Marsuppianee,

As celebrações da Feira Quinhentista da Aldeia Galega vão estender-se até domingo e, até lá, não vão faltar motivos para visitar e viver a festa.

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