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Faro | Aeroporto muda nome para Gago Coutinho

O Governo aprovou esta quarta-feira uma resolução em Conselho de Ministros para alterar ao nome do Aeroporto Internacional de Faro para Aeroporto Gago Coutinho.

A alteração do nome do aeroporto algarvio foi anuncia em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros.

“O Governo presta assim homenagem ao almirante Gago Coutinho, natural de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, quando se comemora o centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, uma das maiores proezas da história da navegação aérea”, declarou Pedro Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência.

A proposta, aprovada em várias assembleias municipais de autarquias do Algarve, surgiu de um movimento de cidadãos que considerava que a estrutura, inaugurada em 1965, deveria ter o nome do almirante que, em 1922, em conjunto com o aviador Sacadura Cabral, fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul no hidroavião “Lusitânia”.

Em Fevereiro de 2020, a Assembleia Municipal de São Brás de Alportel, de onde a família do antigo oficial da Marinha é natural, aprovou por unanimidade uma moção na defesa da atribuição do seu nome ao Aeroporto Internacional de Faro.

“Pretende-se prestar homenagem ao passado e perspectivar o futuro, com a atribuição ao equipamento de maior relevo para o turismo e para a abertura ao mundo da região algarvia, de um nome de patrono com raízes familiares que ascendem a terras algarvias e cujo mérito transcende as fronteiras do país para abraçar o mundo”, lê-se no documento.

A esta moção, dirigida ao primeiro-ministro, ministro das Infra-estruturas e da Habitação e ao director do Aeroporto de Faro, seguiram-se outras de várias autarquias do Algarve.

Para a travessia, realizada há exactamente 100 anos, Gago Coutinho e Sacadura Cabral testaram um processo inovador para conhecerem a posição de uma aeronave em alto mar, baseando-se nas técnicas de navegação astronómica usadas a bordo dos navios. Para a observação da altura dos astros usaram o sextante, no entanto, para poderem observar os astros em situações em que a linha do horizonte não estivesse visível, Gago Coutinho adaptou um sistema de horizonte artificial a um sextante clássico, aparelho que viria a ser usado para a navegação aérea nas décadas seguintes.

Nascido em 1869, Carlos Viegas Gago Coutinho foi nomeado director honorário da Academia Naval portuguesa em 1926, e distinguido como piloto aviador, tendo-se retirado da vida militar em 1939. Viria a morrer em 1959, tendo ficado conhecido internacionalmente pela primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que ligou Lisboa ao Rio de Janeiro, no Brasil.


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