Seixal

Famílias de Vale de Chícharos ‘não foram abandonadas’ garante autarquia do Seixal

A questão sobre o realojamento em Vale de Chícharos, Amora, conhecido como ‘Bairro da Jamaika’ que se iniciou em 2018, e cujo processo foi interrompido, foi levantada pelo vereador do BE, Francisco Morais, na reunião camarária no Seixal que teve lugar esta tarde.

“O processo foi iniciado e levantadas esperanças aos que ali moravam, mas continuam 47 famílias sem realojamento. Isto é bem demonstrativo da falta de uma política de habitação neste concelho, que é ainda uma miragem.

A Câmara Municipal do Seixal tem 200 milhões de euros para o Centro de Treinos do Amora Futebol Clube, e não tem verba para comprar as casas que faltam, ou para criar uma bolsa de habitação para os casos mais graves.”

A vereadora Manuela Calado (CDU) explicou que as solicitações de habitação no concelho “aumentaram na ordem dos 500 novos pedidos desde o início da pandemia, porque se os despejos foram suspensos, continuaram no pós-desconfinamento, e aumentaram com os problemas de desemprego e falta de rendimentos das famílias. O assunto é uma preocupação da Câmara Municipal, porque os apoios que deviam vir do Governo, não chegam, apesar das novas medidas que foram criadas mas que apresentam muitas dúvidas.”

Concretamente sobre o realojamento em Vale de Chícharos, Manuela Calado frisou que “as famílias que ainda ali estão não foram ‘abandonadas à sua sorte’. Temos feito reuniões mensais com os moradores, para os esclarecer de tudo o que está a ser feito.

Continuamos a fazer o acompanhamento embora o processo não esteja a decorrer de forma tao ágil como pretendíamos.”

A vereadora, e depois o presidente Joaquim Santos, apontaram como principal factor para a demora no processo a “especulação imobiliária, e aos condicionalismos que não permitem agilizar o processo.”

Joaquim Santos explicou ainda que “na primeira parte deste processo, a comparticipação era de 60/20, com o maior esforço para a Câmara Municipal, mas numa altura em que o preço das casas estava muito abaixo do valor actual.

Agora estamos com um rácio de 70/30 e até de 80/20 de apoio governamental para a compra das casas, o que torna uma despesa impossível para a Câmara Municipal, porque neste valor nem estão incluídas as demolições e outros processos.

O terreno de Vale de Chícharos não é propriedade da Câmara Municipal, as pessoas ocuparam aquelas casas, e no fim do dia quem tem de pagar tudo é a autarquia.

Por tudo isto iremos solicitar uma reunião à nova Secretária de Estado da Habitação, para rever estes pressupostos e para avaliar se há n interesse em que a Câmara Municipal avance com o processo.”


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