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Falha de combustível causou paragem do motor de aeronave que aterrou na A12

O motor da aeronave que aterrou de emergência na A12, na zona de Pinhal Novo, em 10 de junho, parou devido a falha de combustível, em quantidade «marginal» para a viagem, concluiu a investigação ao acidente realizada pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários.

Segundo o relatório a que o Diário do Distrito teve acesso, a aeronave ultraleve de modelo Flyer Pelican 500BR, privada, descolou às 09h35 do dia 10 de junho do aeródromo da Tojeira em Sintra com destino à pista preparada do RA5 de Vendas Novas com uma autorização especial de participação no evento “Fly-in, 225 anos da primeira viagem aérea em Portugal”.

No relatório pode ler-se que «a aeronave foi abastecida com 20 litros de gasolina 95 no aeródromo da Tojeira, perfazendo um total de 55 litros estimados e não visualmente confirmados, de acordo com os cálculos e declarações do piloto. O voo da Tojeira para Vendas Novas teve a duração de 49 minutos com um consumo estimado de 13 litros de combustível.

Antes do voo de regresso ao aeródromo da Tojeira, o piloto validou a quantidade de combustível diretamente nos depósitos com a vareta de medição, tendo marcado 11 litros no tanque direito e 22 litros no tanque esquerdo, com a aeronave a descolar de Vendas Novas às 13h53.»

O GPIAAF considerou que «o sistema de combustível da aeronave não era totalmente conhecido pelo piloto, que o terá levado a descurar a quantidade de combustível planeada para a viagem, bem como a técnica de pilotagem utilizada em cruzeiro com “asa ao vento”, normalmente utilizada apenas na fase de aproximação final para aterragem e que a falha no fornecimento de combustível ao motor esteve na origem da paragem do mesmo.»

Entre os fatores que contribuíram para a paragem do motor do ultraleve, a investigação apontou a «falta de experiência do piloto e quantidade de combustível a bordo, que embora suficiente para a viagem, era marginal.

No relatório é ainda destacado que o acidente «coloca em evidência que o conhecimento cabal e completo dos sistemas das aeronaves monopiloto por parte dos pilotos é essencial para prevenir condições inseguras. O desconhecimento do projeto da aeronave aumenta significativamente o risco na normal operação das aeronaves e mais se justifica em casos de operação anormal ou quando o piloto tem de lidar e gerir fatores externos.»


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