Almada

Faculdade Nova apresenta estudo sobre praias de Almada

A reunião camarária de Almada que teve lugar esta segunda-feira via streaming, e disponibilizada no canal de youtube da autarquia, foi quase na sua totalidade ocupada pela apresentação do ‘Estudo sobre Incidências Ambientais – Praias Atlânticas da freguesia da Costa da Caparica’, realizado por uma equipa técnica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

“Esta é a primeira etapa do trabalho de avaliação das obras feitas e aponta alguns caminhos para o futuro do plano integrado para toda a realização da frente ribeirinha” explicou o professor José Carlos Ferreira.

“Estamos pela primeira vez a mostrar os resultados do ‘Estudo sobre Incidências Ambientais – Praias Atlânticas da freguesia da Costa da Caparica’, um parecer sobre o ordenamento dos acessos e estacionamento na Fonte da Telha entre a Praia do Rei e a Praia da Bela Vista.”

Um dos temas abordados pelo estudo foi o estacionamento “para o qual vamos ter bastante dificuldade para ‘encaixar’ os 900 lugares previstos pelo modelo do Programa da Orla Costeira Alcobaça – Cabo Espichel (POC) junto às praias”, frisou o professor, “porque teria de ser feito sobre dunas ou sobre as antigas casas e edifícios após demolição, pelo que este modelo terá de ser alterado”, assim como o modelo de ocupação da Fonte da Telha “que terão de decidir no futuro”.

O estudo fez um levantamento sobre os aspectos positivos e negativos das intervenções na zona da Praia da Fonte da Telha, especialmente nos 700m de via asfaltada.

Aspectos positivos e negativos da intervenção na via

Acerca do material que foi aplicado na via, que muita polémica gerou sobretudo nas redes sociais, o professor José Carlos Ferreira sublinhou que “se tratou de um material betuminoso, embora com problemas, semipermeável mas é um piso adequado ao tráfico existente.

E chamo particular atenção para este assunto porque, após os dois estudos técnicos, um deles para a APA, a decisão será política, sobre o que queremos para a Fonte da Telha: um modelo actual de acesso e com a capacidade de carga actual, então há poucos materiais que resistam como aquele que foi colocado.”

Já sobre a área da via “o que constatámos é que o asfaltamento foi feito sobre uma via pré-existente, já regularizada e com vários anos de compactação, e com partes de depósito de materiais das antigas casas”.

Dos aspectos negativos, o estudo ressalva que a via não foi terminada “através de um remate com contenção dos sistemas de drenagem, o que leva à degradação das bermas, o que é muito mau em termos ambientais, porque se o previsto era tratar-se de uma obra provisória para cinco anos, a este ritmo não irá durar esse tempo.”

Inês de Medeiros, presidente autarquia ressalvou que “há aspectos que ainda temos de ponderar, mas considerei muito importante ter esta reunião para esclarecer as diversas dúvidas que têm surgido para as encararmos de frente na ambição que nos une a todos, a reabilitação daquela zona tão querida aos almadenses, com o respeito da comunidade piscatória da Fonte da Telha”.


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