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Estacionamento abusivo “entope” trânsito no colégio St. Peter´s. Moradores impedidos de chegar a casa

Moradores das Casas da Quinta, em Palmela, com dificuldades em circular na estrada devido ao estacionamento abusivo dos condutores.

Os moradores da urbanização Casas da Quinta, na Volta da Pedra (Palmela), enfrentam uma luta diária há alguns anos. Acontece que para chegarem a casa, têm de passar pelo St. Peter’s International School, mas em hora de ponta é praticamente impossível.

Queixam-se da falta de respeito e civismo por parte dos encarregados de educação quando vão buscar (ou levar) os filhos à escola. Entre as 8h30-09h00 e as 16h30-17h30, o trânsito “entope” porque as viaturas são estacionadas em segunda fila, sentido contrário, e em zonas onde é proibido parar os carros.

O Diário do Distrito esteve no local entre as 16h00 e as 17h00 e comprovou o “caos” naquele local.

Veja por si:

Nesta via, onde é suposto circular em dois sentidos, circula-se apenas num. Os moradores, quando querem chegar a casa através desta estrada, não conseguem passar. Este é um problema que afeta “mais de 200 pessoas que vivem nesta urbanização”, referiu um dos moradores ao nosso jornal.

A GNR já foi chamada várias vezes ao local, até porque é habitual que os moradores encontrem viaturas estacionadas à frente das próprias garagens, impedindo-os de sair. “Dizem que multam, mas eles pagam logo e no dia seguinte estão cá outra vez. São uns campeões”, disse.

Novo edifício vai receber ainda mais alunos

A situação poderá piorar ainda mais. O colégio iniciou uma obra para construção de um novo edifício, de modo a poder receber mais 200 alunos. Isto significa mais carros, mais trânsito e mais problemas para a população que reside na urbanização das Casas da Quinta.

O representante dos moradores tem enviado, desde novembro de 2020, vários e-mails à Câmara Municipal de Palmela, onde fala do “crescimento abusivo” do colégio, e pede urgentemente para que seja reordenado o trânsito pelo bem da população.

Em resposta ao munícipe, a autarquia reconhece “o comportamento impróprio dos condutores, que não utilizando os lugares de parqueamento um pouco mais distantes da entrada do colégio, agravam substancialmente a situação”.

Algumas fotografias enviadas pelos moradores:

As queixas são muitas: “Fazem obras ao fim de semana e os trabalhadores não utilizam qualquer equipamento de proteção individual (EPI)”, disse um morador ao nosso jornal.

Além disso, alega que a demolição do edifício localizado no lote 88 daquela urbanização aconteceu “sem a existência de qualquer informação legal para tal (edital da licença para obras de demolição). Verifica-se também a ausência de sinalização no que respeita às normas de segurança na obra em questão”.

Estacionamento existe mas não é utilizado pelos condutores

O Diário do Distrito sabe que o atual diretor do colégio esteve em reunião com o representante dos moradores das Casas das Quintas. O St. Peter’s International School tem um estacionamento logo à entrada da urbanização, mas encontra-se quase sempre vazio. Os condutores preferem estacionar à entrada daquele estabelecimento de ensino.

A promessa do colégio é de que irão ser criados mais dois parques de estacionamento: um deles paralelo ao que já existe, na entrada da urbanização, e outro em frente à porta do estabelecimento, com cerca de 70 lugares.

No entanto, os moradores referem que “esta medida não resolve a questão, pois ninguém vai estacionar nos parques. Vão continuar estacionar sempre à porta do colégio e entupir o trânsito, como têm feito até hoje. O estacionamento lá de cima está vazio“.

Em causa está ainda a remoção deste “morro” e da casa de madeira. Na visão dos moradores, esta demolição não é segura pela proximidade dos carros e pela possibilidade de existir algum acidente com uma pessoa que esteja a passar pelo local.

Verifique a proximidade das viaturas em relação à obra:

A Câmara Municipal de Palmela afirma que “a remoção do ”morro” existente, que inevitavelmente afetará as imediações, pela sua grande proximidade à via pública, carece da devida delimitação e proteção de recinto, para a segurança de peões e automóveis. O assunto foi dirigido ao serviço de rede viária para devida avaliação, considerando o impacto que tem também ao nível da circulação rodoviária“.

Certo é que os residentes daquela zona já não esperam melhorias. “Se existe aqui um acidente ou tem de vir uma ambulância, estamos aqui horas parados. O colégio tem privilégios de construção. Ando a fazer queixas à Câmara e à GNR desde 2018 e nada mudou”, explicou um morador.


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