Almada

Enfermeiros em protesto na véspera de Natal junto ao Hospital Garcia de Orta

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) organiza na quinta-feira, 24 de Dezembro, uma ação de protesto junto ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, para denunciar a ausência de respostas do Governo face ao que consideram ser a discriminação dos profissionais de enfermagem.

«A grande questão de facto tem a ver com a ausência de soluções para aquilo que têm sido as reivindicações que nós temos apresentado. Esse é um dos grandes motivos de descontentamento», disse à agência Lusa a enfermeira Zoraima Prado, do SEP.

A ação de protesto, que inclui uma conferência de imprensa, pelas 17h00, junto à entrada do Hospital Garcia de Orta, surge na sequência de outras iniciativas do SEP de alerta para a atual situação dos enfermeiros realizadas junto a outros hospitais do distrito de Setúbal.

«Além da exaustão a que as pessoas [enfermeiros] já estão sujeitas, apercebem-se de que as medidas que eventualmente o Governo possa vir a implementar não são aquelas que justamente reivindicamos. E ainda por cima introduz um fator de discriminação adicional.»

Segundo Zoraima Prado, o prémio a atribuir aos enfermeiros, que já foi anunciado pelo Governo, «não só tem critérios de grande injustiça como também abrange apenas um número muito pequeno de enfermeiros, deixando de fora muitos daqueles que estiveram, e estão ainda, nas respostas diretas à covid-19 e nos outros serviços que tiveram de se adequar para responder a esta operação dos serviços de saúde».

 A dirigente sindical do SEP referiu ainda que o prémio a atribuir aos enfermeiros «faz uma majoração nas férias relativamente a alguns enfermeiros – muito poucos – que considera que estão na linha da frente», mas recusa que as férias de outros enfermeiros e daqueles que têm contratos individuais de trabalho sejam dadas de igual forma.

De acordo com a proposta do Governo, os enfermeiros da linha da frente deverão beneficiar de um dia de férias por cada 80 horas de trabalho normal e de um dia de férias por cada 48 horas de trabalho suplementar durante o período de calamidade pública.

«Uma das exigências do SEP é que se volte às negociações, para recolocarmos aquilo que são as nossas principais reivindicações, que eles [Governo] conhecem, nomeadamente as questões da progressão [na carreira]», disse Zoraima Prado.


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