Opinião

Easter worshippers

Esta semana, um artigo de Pedro Guerreiro Cavaco.

Recentemente, a propósito do horrendo atentado na mesquita de Christchurch, na Nova Zelândia, o mundo inteiro condenou – e bem – o acto terrorista. Redes sociais, jornalistas, líderes partidários e os lendários Obama e Clinton, a mulher do Bill Lewinsky. Desculpem, do Bill Clinton.

Estes, no Twitter, deram condolências à comunidade muçulmana. O que posso dizer aqui? Nada, fizeram bem. E continuaram a prosa afirmando tratar-se de um acto que evidenciava a islamofobia.

Mais recentemente, como sabemos, no Sri Lanka, radicais islâmicos apoiados pelo ISIS perpetraram um ataque motivado por ódio à comunidade cristã (comunidade residual, aliás) que vitimou 360 pessoas (mais 310 mortos que na Nova Zelândia).

Os protagonistas do costume voltaram ao Twitter, mas desta vez, com uma escrita que foi notada pela radical mudança dos termos usados. Hillary não usou a palavra cristãos; idem para Obama que omitiu a palavra cristãos. Então quem forma os assassinados do Sri Lanka? Para Hillary e Obama foram os Easter worshippers que traduzido significa adoradores da Páscoa.

Portanto, eu sou um adorador da Páscoa na visão do antigo Presidente e da candidata derrotada nos EUA e que se prepara para concorrer em 2020, penso.

Easter worshippers?

We are Christians. Why didn´t you say ”Christians”?

Christians! Repeat after me.

Nos escritos que li, permito-me citar um tweet de um amigo, que escreveu assim:

Dear Mr. Obama, with all the due respect, these people are not Easter Worshippers, they are Christians, followers of Christ, specifically Catholics, and they were murdered.

Please do not be afraid to call us whatwe are, Christians. God bless you and your Family. Thanks.

Obrigado Pedro Nuno Ferreira por levares clareza àquele(s) espírito(s).

Assistimos ao ridículo de nos quererem ridicularizar ou minimizar. Os cristãos são perseguidos há muito tempo, as igrejas incendiadas e atacadas, assassínios em massa (345 cristãos são assassinados todos os meses) e o que temos dos líderes que outrora condenaram, repudiaram e insurgiram-se contra o ataque à comunidade muçulmana? Não temos nada. Uns, tontos, repudiaram o ataque aos adoradores da Páscoa e não recordo de ter lido o repúdio e a solidariedade à comunidade cristã. Outros, ignoram. E há os que reactivos, que reagem mas desligam em 24 horas, sem consequência.

Na verdade, quando escrevo estas linhas, uma semana depois dos atentados no Sri Lanka, estes já não são notícia. Morreram apenas 360 católicos. Coisa pouca…

Há uma tentativa de erradicar cristãos e cristianismo, erradicar toda a doutrina cristã, fazendo de conta que não existem, exterminando-os, retirando-lhes o espaço de acção, os ícones, os objectos, os símbolos, em suma, a sua presença. Quando era miúdo todas as escolas tinham um crucifixo. Não percebia o significado, na verdade. Não nasci católico. Forjei-me. Mas, volvidos 40 anos ainda os lembro. Contudo, os meus filhos não os lembrarão nunca porque lhes foram retirados com o emergir do estado laico, com o emergir da aculturação cristã e, dizê-lo frontalmente, como o emergir de uma esquerda radical que não nos tolera. Bem, para ser franco nós também não…

E a par deste status quo, temos como acto contrário – no que ao caso importa – de uma tentativa de contornar o óbvio por parte da imprensa e de estadistas, não imputando aos bárbaros terroristas que aqui referi o nome real, absolutamente real, de quem são: extremistas muçulmanos. Não, aqueles chamam-lhes extremistas religiosos. Que paradoxo! Os easter worshippers não entendem porquê…

Repito: extremistas muçulmanos.

E a sociedade assobia para o ar quando está a ser manipulada como se nada fosse?

E os católicos assobiam para o ar quando estão a ser manipulados, quando os seus irmãos são martirizados e a sua fé atacada frontalmente?

Acordem, católicos! Acordem! E acordem os outros que não o são porque a nossa cultura também lhes pertence.

Tem razão, Padre Gonçalo Portocarrero. Tem razão, assistimos à Cristianofobia.

Equidade e justiça porque esta mais não é que dar a cada um o que é seu e pertence. Somos cristãos e merecemos respeito. Temos identidade e dois mil anos de história. A Europa em que vivemos nasceu com bases cristãs, ainda que caminhe para uma mudança tão abrupta quanto imprevista para os mais distraídos e incautos. Mas esse será o próximo texto de uma próxima 5ª feira.


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