Autárquicas 2021PolíticaSeixal

‘É preciso acabar com a estagnação e esbanjamento da CDU no Seixal’

A Coligação ‘Seixal às Direitas’ apresentou esta tarde os cabeças-de-lista às autárquicas, que será liderada por Felipe Damasceno, do PDR, para a Câmara Municipal do Seixal, e por Marlene Pires Abrantes, presidente do CDS-PP Seixal, para a Assembleia Municipal.

O momento decorreu na Amora, com a presença dos candidatos às Juntas de Freguesia, representantes dos partidos que constituem a Coligação, o CDS-PP, o PDR, o Aliança e o MPT​ e de Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP.

Além dos elogios para as novas apostas e a nova força política que concorre ao concelho do Seixal, os discursos dirigiram as críticas para “os quarenta anos de gestão da CDU, dos compadrios e da propaganda”, conforme referiu João Rebelo, o actual eleito pelo CDS-PP na Assembleia Municipal.

João Rebelo, eleito municipal do CDS-PP Seixal

“No Seixal é muito difícil ser oposição contra a maioria CDU, e o CDS-PP viu durante estes anos todos os seus projectos e propostas chumbados pelo PCP na Assembleia Municipal, como até o é também para alguns órgãos de comunicação social regionais.

Daí a importância desta união à direita, que no Seixal será encabeçada por Felipe Damasceno e Marlene Abrantes e que será responsável por colocar fim a esta maioria desastrosa.”

Marlene Pires Abrantes presidente do CDS-PP Seixal

A actual presidente do CDS-PP Seixal destacou “o esbanjamento deste executivo em cartazes e propaganda, o total desprezo das deliberações aprovadas pelo órgão da Assembleia Municipal, a inércia para tratar dos licenciamentos de construção, dos quais dependem tantos negócios, a proibição de abrir o Boletim Municipal à oposição, mesmo contra as deliberações da ERC”.

Para Marlene Abrantes, “essas verbas fazem falta à população e é para ela que a coligação as irá aplicar. ‘Seixal às Direitas’ é um projecto comum e agregado de quatro forças políticas com pessoas empenhadas que querem o melhor para o concelho, para transformar o Seixal no concelho que merece ser. Falam de Abril, mas não respeitam a liberdade.”

Florival Pinto, vice-presidente do Aliança, recordou o seu percurso político no Alentejo, “e por isso compreendo a vossa dificuldade em fazer política num concelho de esquerda. E só por isso vale a pena esta Coligação. Há muito por fazer neste concelho e o vosso trabalho será o de servir as pessoas e não, como faz a esquerda, servir-se e aos seus amigos, uma esquerda que tanto mal tem feito às populações, com retóricas em vez de actos.”

“Este é o início da revolução para terminar com a governação desastrosa do PCP, com quatro décadas, que hipotecou o futuro dos seixalenses” vaticinou o presidente do PDR, Bruno Fialho, mantendo que “o concelho necessita de uma mudança radical de política e de políticos. O PCP defendeu sempre que os pobres devem ser os únicos a existir e se forem ricos, terão de ser os membros do Comité Central.”

Francisco Rodrigues dos Santos presidente do CDS-PP

Na sua intervenção Francisco Rodrigues dos Santos frisou que “o CDS está vivo e não está sozinho”, mas também ‘apontou armas’ à “política desastrosa da esquerda, quer a nível nacional quer autárquico”, depois de homenagear os dois candidatos que encabeçam a coligação e deixando um elogio a João Rebelo “pela luta que teve ao enfrentar o PCP no Seixal e o PS na Assembleia da República.

Marlene Abrantes já deu mostras do seu rigor e seriedade, e o Seixal só fica a ganhar por ter uma mulher à frente da Assembleia Municipal. O Filipe é um jovem que representa o que o país necessita, o futuro e as novas gerações, que querem realizar os seus sonhos sem terem de ser obrigados a sair das suas terras.”

As críticas continuaram contra “a política de ditadura e de falta de liberdade que se vive no Seixal, e sei que hoje há quem não esteja aqui a acompanhar-nos por medo de represálias.

Esta coligação é uma alternativa ao PCP e ao PS no concelho. Queremos liberdade para o Seixal, que cada jovem vença e encontre o seu lugar aqui por mérito e não por ter de ter cartão do PCP, que os empregos não dependam apenas da Câmara Municipal e que os investimentos sejam feitos na realidade e não apenas para festas e patrocínios do PCP.”

Mas Francisco Rodrigues dos Santos não deixou os créditos de oposição por mãos alheias e apontou também munições “ao PS, que na política nacional se coligou com as extremas esquerdas e ao PAN, na tentativa de destruição da nossa cultura e tradições.

Por tudo isto é urgente que esta frente de direita possa derrubar a hegemonia das esquerdas no poder local. É hora de fazer um país às direitas.”

Por fim, o candidato à Câmara Municipal do Seixal, Felipe Damasceno deixou umas breves palavras, assumindo “com orgulho o anúncio oficial da minha candidatura” e agradeceu aos elementos da Coligação “porque será devido à coragem desta gente e união destes quatro partidos que iremos construir um Seixal às direitas.

Queremos fazer quatro décadas em quatro anos, porque não podemos continuar a ver serem vendidos sonhos de quatro em quatro anos, com promessa que nunca chegam a ser cumpridas.

Esta coligação é para por um fim à estagnação e usurpação do património público do Seixal por parte de uma máquina partidária, que usa os recursos da Câmara Municipal para fins comunistas, para a propaganda nos boletins e cartazes, paga por todos nós, sem resolver os problemas que são conhecidos há décadas.”

Os candidatos e elementos da Coligação, acompanhados pelo presidente do CDS-PP foram depois, de forma simbólica, depositar um ramo de cravos brancos com a faixa «25 de Novembro Sempre» junto à chaimite colocada aquando das celebrações do 25 de Abril, na rotunda da Quinta de Santa Rita, cruzamento entre a Avenida de Libertadores de Timor-Loroase e a Rua Casal do Marco.


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